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Segurança será reforçada na fronteira com a Venezuela após ataques

O governo brasileiro iniciará hoje uma série de operações na região da fronteira com a Venezuela para garantir a segurança dos imigrantes – incluindo o envio de 120 homens da Força Nacional para a região – e “a intensificação dos esforços de interiorização dos venezuelanos para outros Estados”, conforme publicou o Palácio do Planalto em nota oficial ontem.

As medidas são resultado de uma reunião convocada às pressas ontem pelo presidente Michel Temer (MDB) depois de um grupo de brasileiros atacar, no sábado, acampamentos de venezuelanos que haviam sido montados em Pacaraima (RR), na fronteira com o país vizinho. Os pertences dos imigrantes foram incendiados por brasileiros que os acusavam de serem responsáveis por uma escalada da violência na região.

A previsão é que o novo contingente de homens da Força Nacional chegue à região hoje. No domingo, o governo brasileiro organizará mutirão com 36 voluntários da área da saúde para fazer exames de saúde nos imigrantes que chegam ao país.

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Entre as medidas para interiorização dos venezuelanos, o governo previu a construção de um abrigo de transição entre Pacaraima e a capital do estado, Boa Vista, “para atendimento humanitário”, mas também “de forma a reduzir o número de pessoas nas ruas”, diz a nota oficial.

Uma boa parte dos venezuelanos que estava em Pacaraima, porém, já deixou o país entre sábado e ontem.

Estima-se que mais de 1.200 pessoas tenham retornado a seu país de origem, muitos por medo após as ameaças de brasileiros.

O governo de Roraima tinha voltado, inclusive, a pedir o fechamento da fronteira com a Venezuela, medida que não foi adotada pelo governo federal já que o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu esta medida no último dia 8.

A oferta do governo federal foi enviar as tropas das Forças Armadas, o que teria de ser solicitado formalmente pela governadora de Roraima, Suely Campos (PP).

O governo federal também se disse “comprometido com a proteção da integridade de brasileiros e venezuelanos” e disse que uma comissão interministerial deve anunciar novas medidas nos próximos dias.

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