Hoje, último dia do prazo oficial, o PT irá transformar num grande ato político o registro na Justiça Eleitoral da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. Com reforço de cerca de 5 mil pessoas de marchas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), que chegaram a Brasília após quatro dias de caminhada, o partido irá distribuir máscaras com o rosto de Lula para os militantes, que se concentrarão em frente ao prédio do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
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Dos 14 presidenciáveis aprovados em convenção partidária, 8 já oficializaram a candidatura; além de Lula, outros quatro devem fazer o registro hoje. Apenas Manuela D’Ávila (PCdoB) irá desistir para compor chapa com o PT – que escalou Fernando Haddad como “plano B” de Lula.
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Batalha jurídica
O registro abre o primeiro capítulo da tentativa de Lula de concorrer pela sexta vez. Preso em Curitiba desde abril após ser condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, o petista deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
Sem citar o caso específico, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luiz Fux, afirmou ontem – no último dia no cargo – que candidatos condenados em segunda instância estão inelegíveis.
O ministro Admar Gonzaga, do TSE, rejeitou ação para antecipar a inelegibilidade de Lula, antes do registro, mas a partir da formalização da candidatura a discussão pode ser feita por iniciativa da Corte eleitoral ou provocada por partidos ou pelo MPE (Ministério Público Eleitoral).
Pela lei, o TSE tem até 17 de setembro para validar as candidaturas. A estratégia de Lula é arrastar o processo até lá para que – mesmo impedido de concorrer – tenha sua foto na urna eletrônica.
Substituto
Haddad deve ser registrado como candidato a vice e será um porta-voz de Lula. Ontem, o ex-prefeito de São Paulo o substituiu pela primeira vez na sabatina na Unecs (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviço).
Campanha
A partir de amanhã, os candidatos estão autorizados a fazer campanha. A propaganda eleitoral no rádio e na televisão só começa no dia 31.
Oficializados
Veja quem são os candidatos e o patrimônio declarado
• Álvaro Dias (Podemos)
R$ 2.889.933,32
• Cabo Daciolo (Patriota)
Nenhum bem declarado
• Ciro Gomes (PDT).
R$ 1.695.203,15
• Geraldo Alckmin (PSDB)
R$ 1.379.131,70
• Guilherme Boulos (Psol)
R$ 15.416,00
• Jair Bolsonaro (PSL)
R$ 2.286.779,48
• João Amoedo (Novo)
R$ 425.066.985,46
• Vera Lúcia (PSTU)
R$ 20.000
Faltam oficializar
Henrique Meirelles (MDB);
João Goulart Filho (PPL);
José Maria Eymael (PSDC);
Luiz Inácio Lula
da Silva (PT);
Marina Silva (Rede).
Deve retirar
Manuela D’Àvila (PCdoB).