Pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes afirmou que não fechou coligações com nenhum partido e que essa fase é «muito crítica». «É muita andorinha voando e nenhuma na mão», disse – fazendo uma referência ao momento em que busca alianças partidárias. Ele foi entrevistado no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, nesta manhã de quarta-feira, 18.
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De acordo com o ex-ministro, o partido mais próximo é o PSB. Entretanto, as preferências regionais da legenda dificultam possíveis alianças.
«O PSB em São Paulo tem o governador Márcio França, um querido amigo e de longa data. Mas, a tendência é pedir aliança com o PSDB. Mesma coisa em Pernambuco, com o governador Paulo Câmara, que torço muito pela vitória dele … a aliança pode ser com o PT», explicou.
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Segundo Ciro, a possível ausência do ex-presidente Luiz Inácio da Silva na corrida eleitoral também ajudou a «desorganizar» o cenário político, fazendo com que partidos «opostos» busquem diálogos.
Na visão dele, isso representa o fim de um grande ciclo na política brasileira. «Parece ser histórico. Ao meu redor está se desenhando uma grande reflexão desde a redemocratização, sem comandos do PSDB e PT», falou.
Para o pré-candidato, os «humilhados» do PT e do PSDB, ou seja, partidos que sempre fizeram coligações com as legendas, estão buscando outros caminhos.
Passado de oposição
Ciro Gomes também esclareceu as recentes conversas com o DEM e disse que ficou surpreso com a abertura de diálogo. «Nunca imaginei que, nessa campanha, o DEM admitisse se aliar comigo porque nossa história do passado é de oposição e, de repente, abre essa possiblidade de dialogar», contou.
O ex-ministro, inclusive, defende que as alianças políticas sejam feitas entre partidos que têm visões divergentes sobre assuntos polêmicos, como a Reforma da Previdência. «Estou me preparando para governador o Brasil (…) é ter humildade para ouvir pessoas que pensam diferente de mim. Não quero ser um ditador do país, eu sou coerente».