Um grupo de cientistas da Universidade do Porto, em Portugal, está estudando um tipo de proteína que pode ser capaz de combater a doença de Alzheimer. Segundo eles, a transtirretina (TTR), que está presente no sangue, na medula espinhal e no cérebro, tem uma ação protetora na doença.
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«A doença de Alzheimer resulta da degradação progressiva de um fragmento proteico – peptídeo abeta -, presente no organismo dos indivíduos, que os doentes com Alzheimer têm em concentrações demasiado elevadas, acumulando-se no cérebro», explicou a pesquisadora Lusa Isabel Cardoso ao site «Portugal Digital» Ela é do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, instituição responsável pelo estudo.
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A TTR é capaz de deter outras proteínas típicas da Alzheimer e levar até o fígado, onde elas serão eliminadas, evitando que se acumulem no cérebro. Só que em alguns casos a estabilidade dessa proteína específica cai, comprometendo a função «limpadora» dela.
Para recuperar a estabilidade é preciso acionar pequenos compostos químicos que vão se ligar a TTR, como anti-inflamatórios e esteroides. Os testes foram feitos em dois grupos de ratos de laboratório, um com características típicas da Alzheimer, não tratados, e outro com as mesmas características, mas medicados. A TTR conseguiu diminuir os efeitos da Alzheimer nos ratos que estavam medicados.
Mesmo assim, a cientista portuguesa acredita que ainda é preciso bastante estudo. A Alzheimer é uma doença sem cura, que atinge o cérebro e leva à perda de memória e das capacidades de pensamento.