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‘Só tinha uma maneira de calar minha filha’, diz pai de Marielle Franco

Reprodução/Facebook

A família de Marielle Franco falou sobre a execução da vereadora, morta na última quarta-feira, com quatro tiros na cabeça, na região central do Rio de Janeiro. O pai, Antônio Franco, disse que só tinha uma maneira de calar sua filha. “O único jeito era que matassem ela, senão ela ia alçar voos cada vez mais altos.”

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A mãe Marinete Franco afirmou que “não tem como dimensionar a dor da mãe” que perde um filho.

Única filha da vereadora, a estudante Luyara Santos, de 19 anos, contou ao programa Fantástico que ver as pessoas lutando por Justiça após a morte da mãe “acalma o coração”.

Fake news

A família também se mostrou indignada com o compartilhamento de fake news (notícias falsas) que circulam pela internet tentando difamar a trajetória de Marielle. “Chamar minha filha de bandida, [dizer que] que ela defende bandido é inadmissível”, reclamou a mãe. “Assim como é inadmissível comemorar a morte de alguém”, completou a irmã.

«No Brasil, poucas pessoas têm condições de falar da minha filha», afirmou o pai.

Marielle

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Nascida no Complexo da Maré, Marielle Franco era socióloga, com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016.

Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Também coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio. No primeiro mandato, Marielle era presidente da Comissão Mulher da Câmara dos Vereadores do Rio.

Marielle foi assassinada na noite de quarta-feira com quatro tiros na cabeça, quando ia para casa no bairro da Tijuca, zona norte do Rio, retornando de um evento ligado ao movimento negro, na Lapa.

A parlamentar viajava no banco de trás do carro, quando os criminosos emparelharam com o carro da vítima e atiraram nove vezes.

Além da vereadora, também morreu no ataque Anderson Gomes, que trabalhava como motorista para o aplicativo Uber e prestava serviços eventuais para Marielle. Uma assessora que também estava no carro sobreviveu ao ataque.

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