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Brasileiros são presos na África com 1 tonelada de droga em veleiro

Reprodução/Band

A apreensão da droga, realizada na ilha de São Vicente, foi a maior da história do país africano. Um capitão francês e o brasileiro Daniel Guerra, que estavam a bordo, foram presos em flagrante.

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Outros dois brasileiros que também faziam parte da tripulação, Daniel Dantas e Rodrigo Dantas, ficaram quatro meses em liberdade condicional, já que na hora da descoberta do entorpecente estavam em uma pousada. Na semana passada, porém, foram presos preventivamente por decisão da Justiça de Cabo Verde.

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As famílias dos brasileiros tentam provar que eles foram vítimas de uma quadrilha. Rodrigo alega que aceitou uma oferta de emprego de uma empresa holandesa de recrutamento de mão de obra de velejadores, porque precisava de milhas náuticas para alcançar a graduação de capitão internacional. Ele foi contratado, junto com o Daniel Guerra, para o este veleiro de Salvador para a Ilha de Açores, em Portugal, sob o comando do capitão estrangeiro.

Ao pararem em Natal, Daniel Dantas se juntou à tripulação. Lá, a Polícia Federal brasileira recebeu uma denúncia anônima de que havia drogas a bordo do barco, mas na inspeção não encontrou nada.

Durante a viagem, a embarcação apresentou problemas e fez uma parada em Cabo Verde. Desta vez, durante a inspeção no país africano, a cocaína foi achada escondida num piso de concreto e cimento da embarcação.

Família diz que proprietário do barco era dono da droga

Para os parentes dos presos, o proprietário do veleiro era o dono da droga e usou os jovens para fazer o transporte.

A empresa holandesa Yacht Delivery Company alega que não foi responsável pelo transporte do veleiro. Afirma que fez o contrato, mas que, no Brasil, o capitão designado para a viagem não encontrou o barco em boas condições e desistiu de conduzir a embarcação, cancelando a entrega.

Em nota, a Yacht Delivery afirma que o dono do barco resolveu, por conta própria, contratar outro comandante e a equipe concordou com as novas condições.

Os três brasileiros e o francês devem responder a processo por tráfico internacional de droga e associação criminosa – se condenados podem pegar até 20 anos de cadeia. O Itamaraty disse que a embaixada do Brasil em Cabo Verde acompanha o caso com as autoridades locais e presta auxílio às famílias.

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