Brasil

‘Vou desmentir tudo’, diz Cunha

Pedro ladeira/Folhapress

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha disse que irá «desmentir tudo», ao fim da audiência do delator Lucio Funaro na qual o corretor afirmou que o peemedebista teve participação em esquema de propina na Caixa.

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«Eu vou desmentir tudo. É uma repetição do que já está na delação e no meu interrogatório eu vou fazer a minha defesa e mostrar as mentiras que estão sendo faladas», afirmou Cunha.

Cunha e Funaro são réus na ação penal originada a partir da operação Sépsis, que investiga um esquema de irregularidades nos contratos do FI-FGTS, administrado pela Caixa.

Os dois ficaram frente a frente durante o depoimento. O interrogatório de Funaro foi suspenso e será retomado na próxima terça-feira, 31. Já o interrogatório de Cunha foi postergado para o próximo dia 6.

O ex-presidente da Câmara disse que poderá falar com a imprensa depois de prestar o depoimento.

Moreira Franco repudia afirmações ‘provenientes de delatores’

O ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Moreira Franco, afirmou, por meio de sua assessoria, que seu advogado não teve acesso a investigação e desqualificou o depoimento em que o corretor Lúcio Funaro diz que o ministro era um dos que sabiam do esquema na Caixa Econômica Federal operado pelo ex-vice-presidente de Fundos e Loterias do órgão Fabio Cleto. «Repudio a suspeita. Toda afirmativa proveniente de delatores assumidamente criminosos não merece credibilidade», disse o ministro, em nota.

Em audiência na Justiça Federal em Brasília nesta sexta-feira, 27, Funaro foi perguntado pela Procuradoria da República sobre quem dentro do PMDB tinha conhecimento do esquema de Cleto: «Geddel (Vieira Lima) com certeza, Lúcio (Vieira Lima) com certeza, Henrique (Eduardo Alves), Michel Temer, Moreira Franco, Washington Reis», elencou Funaro. Funaro não deu mais detalhes à menção que fez ao nome de Temer e do ministro Moreira Franco.

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