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Lagoa é cercada no interior de São Paulo por risco de ataques de jacarés

A Prefeitura de Hortolândia, no interior de São Paulo, começou a cercar nesta quarta-feira a maior lagoa do Parque Socioambiental Irmã Dorothy Stang, no Jardim Nossa Senhora de Fátima, devido a riscos de acidentes com jacarés. Segundo o poder público, três répteis foram vistos no local, frequentado por cerca de cinco mil pessoas por mês.

De acordo com a prefeitura, a colocação dos obstáculos foi necessária porque os frequentadores do parque não respeitam as placas alertando sobre o perigo. Muitos entram na lagoa para nadar.

A cerca terá 1,10m de altura e 360m de extensão. Formada por pontaletes de madeira, distantes cerca de 3 metros um do outro, terá cordas no alto e duas fileiras de arame embaixo. A cerca será concluída em novembro.

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De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, os jacarés avistados no local, escondidos em meio à vegetação ou se banhando nas lagoas, são do tipo “Caiman crocodilus”, conhecido popularmente como jacaretinga, jacaré-tingá ou jacaré-de-óculos. Os machos adultos atingem, em média, dois metros de comprimento. Já as fêmeas, um metro e meio.

O veterinário da prefeitura, Paulo Mancuso, disse que a espécie é inofensiva, se não molestada. Porém, ele alerta que os seres humanos não devem alimentar ou interagir com os animais. O cuidado é para evitar acidentes e também para não alterar os hábitos da espécie.

“O jacaré-tingá, ou de-óculos, é da fauna natural de Hortolândia. Não agride as pessoas nem dentro d’água. Circula por várias áreas verdes da cidade e também da região. Pode se deslocar também trazido pelas enxurradas. Na região do Campo Grande, em Campinas, são frequentemente avistados”, explica Mancuso.

A prefeitura aguarda uma autorização do Ibama para remover os répteis para um local de referência ambiental na própria região.

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