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Por mais cortes, Unicamp revê os 25 maiores contratos

Campus da Universidade de Campinas | denny cesare/código19 Campus da Universidade de Campinas | denny cesare/código19

Com deficit previsto de R$ 290 milhões ao final do ano, a reitoria da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), no interior de São Paulo, deu nesta segunda-feira, mais um passo no programa de redução de gastos.

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Um grupo de trabalho foi montado pela reitoria com a tarefa de renegociar os contratos de prestação de serviços e de fornecedores. A Unicamp conta hoje com 700 contratos em vigor, mas o trabalho vai começar com os 25 maiores.

No mês passado, a universidade aprovou o corte de 30% nas gratificações pagas a docentes, pesquisadores e funcionários e o cancelamento, para 2017, do pagamento de quatro prêmios institucionais, concedidos a docentes, pesquisadores e funcionários.

A Unicamp tenta ainda, reduzir os gastos com as refeições oferecidas aos estudantes e funcionários, que chegam a R$ 42 milhões/ano.

O presidente do grupo de trabalho, Roberto Rodrigues Paes disse que a Unicamp está convocando os fornecedores e prestadores de serviço na tentativa de abrir negociações para redução dos valores.

“Apesar do momento difícil da economia brasileira, que afeta a todos indistintamente, o diálogo tem sido muito produtivo”, disse ele, de acordo com a assessoria de imprensa da universidade.

Paes garante que a renegociação tem como premissa não mexer no escopo dos contratos, isso quer dizer, diz ele, que não deverá haver alteração na qualidade dos insumos ou serviços oferecidos.

A receita está comprometida quase que integralmente com pagamento dos 8 mil funcionários. Os recursos para custeio têm saído de um reserva financeira que corre o risco de desaparecer até 2018, caso os gastos permaneçam no ritmo atual. O orçamento anual é de R$ 2 bilhões.  Grande parte do deficit decorre da queda no repasse de ICMS que hoje equivale a índices de 2009. 

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