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Cartão-postal renovado para os próximos anos

Igreja foi projetada por Niemeyer em 1943 REPRODUÇÃO/TV BAND MINAS

Retrato das estações da Via-Sacra, um dos principais símbolos da devoção católica, as 14 telas de Cândido Portinari abrigadas na Igreja São Francisco de Assis – a Igrejinha da Pampulha – foram retiradas ontem do templo para serem restauradas. As peças estão no Centro de Conservação e Restauro de Bens Culturais da UFMG, que, em convênio com a Arquidiocese de BH e com as instituições públicas de proteção de bens culturais, ficará responsável pelo delicado processo.

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Durante a restauração, serão estudados detalhes técnicos das obras para que se produzam laudos para dar início aos trabalhos de intervenção. Em seguida, serão analisadas as possíveis danificações de cada uma para que sejam restauradas de maneira adequada.

“Essas obras têm uma enorme importância. Elas estão aqui desde o início da capela e compõem os elementos artísticos do local”, ressalta a Coordenadora Geral do Memorial da Arquidiocese de BH, Maria Goretti.

Reforma na igreja 

O processo de restauração não ficará restrito às telas da Paixão de Cristo. A partir do dia 19 de novembro, a igreja estará fechada por um ano para restauração total do imóvel, que hoje sofre, principalmente, com infiltrações no teto e nas paredes.

O início do restauro das telas será somente em fevereiro do ano que vem. Entretanto, foram retiradas agora como uma medida preventiva pela chegada da época de chuvas. “A capela vai ficar fechada pelo período de um ano. As obras, no momento, irão para uma reserva técnica e depois começarão a ser restauradas”, informa Maria Goretti.

A expectativa é que astelas de Portinari retornem para a capela quando as obras da igreja estiverem concluídas. “A capela fechada por um ano vai deixar saudade, mas o cuidado pelas obras de Portinari, de Niemeyer e pelo próprio templo religioso, que tem um significado muito grande, é mais importante. Vai voltar renovad para acolher de novo os fiéis”, comenta o Padre Otávio Juliano de Almeida.

As obras fazem parte de um processo de adequação do Complexo da Pampulha às exigências da Unesco. Desde o ano passado, o órgão internacional classificou o local como patrimônio mundial da humanidade.  

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