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Homem é preso ao ejacular na passageira em ônibus no Rio de Janeiro

 

Um homem foi preso em flagrante, nesta quinta-feira de manhã, por assediar sexualmente uma mulher dentro da estação Mato Alto do BRT, em Guaratiba, na zona oeste. O agressor foi encaminhado para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Campo Grande, após ejacular na perna de uma passageira.

A vítima procurou os policiais que estavam na estação. O homem, que não teve a identidade divulgada, vai responder por importunação ofensiva ao pudor. O caso aconteceu por volta das 9h, segundo o consórcio, que afirmou “repudiar qualquer tipo de assédio” e disse que desenvolve campanhas de conscientização.

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Um ouvinte da BandNews, que pediu para ter a identidade preservada, estava na estação na hora em que o passageiro foi retirado do terminal por policiais. “No corre-corre, tiraram o homem da estação. Os PMs o pegaram e ele confessou. A menina estava com a calça toda suja ainda. Veio a viatura e levou todo mundo para a delegacia”, contou.

Na terça-feira, um caso parecido aconteceu em São Paulo. Diego Ferreira, 27 anos, foi preso em flagrante após ejacular no pescoço de uma passageira dentro de um ônibus. Porém, no dia seguinte, a Justiça de São Paulo decidiu que o homem, que já tinha mais de 10 passagens pela polícia, todas por crimes sexuais, não cometeu estupro e vai responder em liberdade por “importunar alguém em público”.

Em entrevista à Band, a promotora Eliana Passarelli avaliou que o caso desmotiva mulheres a denunciar casos de assédio. Criminosos podem, ao contrário, ser motivados: “A impunidade incentiva a voltar acontecer.”

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Masturbação em ônibus

Na quarta-feira, uma passageira da linha Vilar dos Teles x Cocotá, da empresa Reginas, presenciou um homem se masturbando dentro do ônibus, à luz do dia e sem se importar com a presença de outras pessoas. A mulher, que preferiu não se identificar, contou que já passou pela situação constrangedora duas vezes e resolveu filmar a ação.

“Já presenciei a masturbação desse homem pelo menos duas vezes. Ele começa a se tocar, olhando para fora do ônibus, e não se importa se alguém está olhando. Tenho 30 anos e sei me cuidar. O meu medo é por meninas e mulheres que não sabem”, conta.

O delegado Fábio Pacífico, da 37ª DP, na Ilha do Governador, disse que essa ação se configura como crime de ato obsceno, com pena de três meses a um ano de prisão, mas é preciso que o homem seja pego em flagrante, além de ser necessário ter um testemunho para o fato.

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A Viação Reginas repudiou o fato e disse estar à disposição da polícia para fornecer imagens das câmeras que ajudem nas investigações, se for necessário. Denúncias de abuso podem ser feitas ao Disque 100.  

 

“Não houve constrangimento”

Esse já é o terceiro caso de assédio no transporte público apenas nesta semana. O primeiro aconteceu em São Paulo, dentro de um ônibus na Avenida Paulista na última terça-feira.

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Na segunda-feira, uma jovem estava sentada em um ônibus na avenida Paulista quando o homem tirou o pênis para fora e ejaculou no pescoço dela. O motorista mandou então que os demais passageiros descessem e manteve o agressor no interior do veículo até a chegada da polícia, enquanto a jovem recebia suporte de mulheres que estavam no local.

Apesar de ter sido levado para a delegacia, o homem – que já possuía cinco passagens pela polícia – foi liberado, já que o juiz Eugênio Amaral Souza disse que «não houve constrangimento ou tampouco violência» que justificasse classificar o caso como estupro, apesar de ter dito que o caso é «bastante grave». O agressor deverá apenas pagar uma multa.

Também na Avenida Paulista, um homem passou a mão nos seios de uma passageira sem que ela consentisse. A agressão aconteceu dentro de um ônibus da linha Terminal Lapa-Vila Mariana, que ia no sentido do Paraíso. O homem foi detido e conduzido ao 78º DP (Jardins), local onde a vítima também foi encaminhada para ser ouvida.

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O vereador Caio Miranda Carneiro, que estava no local, gravou um vídeo sobre o caso.

 

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No Uber

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O abuso, entretanto, não está restrito ao transporte público. Na segunda-feira, a escritora Clara Averbuck relatou em seu perfil no Facebook ter sido estuprada enquanto voltava para a casa de Uber.

No relato, a escritora conta como tudo aconteceu e diz ainda não ter certeza sobre se irá denunciar formalmente o agressor.

“Estou decidindo se quero me submeter à violência que é ir numa Delegacia da Mulher ser questionada, já que a violência sexual é o único crime que a vítima é que tem que provar. Não quero impunidade de criminoso sexual, mas também não quero me submeter à violência de estado”, desabafou.

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