A defesa do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que depositou em juízo os R$ 35 mil que faltavam dentro da mala entregue à Polícia Federal, no início da semana.
ANÚNCIO
De acordo com os documentos que registraram a devolução, a mala continha 9.300 notas de R$ 50, totalizando R$ 465 mil, R$ 35 mil a menos do que aponta a denúncia.
Imagens divulgadas pela PF mostram o deputado recebendo a mala que, segundo a denúncia, foi enviada pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS.
Recomendado:
Vídeo: cão socorrido em enchente do RS continua nadando mesmo após ser retirado das águas
Reviravolta: morte de publicitário que sumiu após sair de sauna gay passa a ser apurada como acidental
VÍDEO: Mecânico pediu desculpas antes de assassinar ex-namorada: “Já matei o seu pai, agora é você”
Propina em troca de benefícios
Pela denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF, Loures aparece também em uma das conversas gravadas com Ricardo Saud, ex-diretor de Relações Instituições da J&F, controladora da JBS, concordando em apresentar uma prévia do relatório da Medida Provisória do Refis, que ainda não era público. Na conversa, os dois falam sobre esconder o que a JBS queria no texto, incluindo os pontos como sugestão da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes.
Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo R$ 500 mil enviados por Joesley Batista. Loures é apontado como intermediário do presidente Michel Temer para assuntos do grupo J&F com o governo, de acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF), com base em áudio de conversa gravada por Joesley.
Em pronunciamento no último sábado (20), o presidente Temer afirmou que indicou Rocha Loures apenas para ouvir “as lamúrias” de Joesley Batista e negou que, com isso, o empresário fosse obter alguma vantagem ou benefício no governo.