Passados quatro meses desde que assumiu a prefeitura de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) divulgou nesta quinta-feira o programa de metas a serem cumpridas pela sua administração até 2020. Entre as prioridades mais ousadas estabelecidas para o período estão a ampliação de vagas no ensino infantil, o aumento na oferta de cirurgias eletivas e a operação por completo do Hospital do Barreiro.
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No geral, as metas propostas por Kalil e sua equipe foram tímidas, e sem a presença de grandes obras pela cidade, ao contrário dos anos anteriores. De acordo com Kalil, um plano complementar ao apresentado ontem, ainda está sendo elaborado. “Em setembro nós vamos apresentar o nosso plano robusto, mais bem elaborado e com o orçamento mais centrado, e com a gente sabendo o que tem na mão”, justificou o prefeito. Ele também informou que estão em andamento todos os financiamentos em negociação direta entre as autarquias e empresas da PBH e a Caixa Econômica Federal, e reafirmou que a Prefeitura já tem a comprovação de quase R$ 1,6 bilhão para a execução dos projetos.
Na área da educação, a prefeitura prometeu não poupar esforcos, e informou que pretende aumentar em quase 30% a oferta de vagas para o ensino infantil, ampliando em 8,5 mil vagas até 2020. No entanto, o número ainda é baixo se comparado ao deficit de 17 mil vagas nesta faixa etária, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação. Outra meta estabelecida pela PBH é atender em 100% a demanda entre 4 e 5 anos e ampliar as oportunidades na escola integrada.
Na saúde, o principal desafio proposto pela prefeitura é aumentar em 30% as cirurgias eletivas. Atualmente, existem 29 mil pessoas na fila à espera de uma cirurgia, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Uma das poucas promessas que envolvem obras de grande porte está relacionada às Upas Norte e Pampulha, que deverão ser entregues à população nos próximos anos. Além disso, a prefeitura também garantiu o funcionamento total do Hospital do Barreiro. Desde que foi parcialmente inaugurado em dezembro de 2015, apenas 20% dos serviços disponíveis no hospital funcionam normalmente.
Foco em áreas de risco
Sem grandes façanhas previstas, a prefeitura promete focar os esforços em 250 obras em áreas de risco, além de concluir a via 710 – prevista para dezembro deste ano. “Estamos em contato com todos os segmentos, desde obras, manutenção, intervenções em vilas e favelas. Tenho visitado algumas obras, que a meu ver ainda são tímidas, mas a partir do meio do ano vamos apresentar uma proposta mais agressiva para atacar essa parte tão carente da cidade”, disse o prefeito.
Mobilidade
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Em um dos segmentos mais cobrados pela população, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que pretende investir na construção de 54 km de faixas exclusivas para ônibus, priorizando as avenidas Amazonas, Afonso Pena e Nossa Senhora do Carmo. A ideia é que os corredores sigam o modelo implementado nas avenidas Pedro II e Carlos Luz, onde ônibus trafegam pela direita com exclusividade e delimitações nas faixas e radares impedem a circulação de automóveis.