O Supremo Tribunal Federal liberou, nesta quarta-feira (12), o conteúdo das delações premiadas de executivos da Odebrecht que serviram de base para a decisão do ministro Edson Fachin.
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Na terça-feira (11), Fachin autorizou a investigação de quase uma centena de suspeitos, a maioria políticos. Quarenta dos 78 depoimentos foram divulgados.
No conteúdo, estão detalhes dos bastidores do poder: corrupção, fraudes em licitações, negociatas, tráfico de influência, formação de quadrilha, evasão de divisas e muito caixa 2. As cifras são bilionárias.
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Confira os destaques das delações:
Entre os vídeos liberados, está a delação de Marcelo Odebrecht. O empresário detalhou como funcionava o setor de propinas e caixa 2 da construtora e disse que os ex-presidentes Lula e Dilma sabiam do esquema.
Em oito anos, R$ 300 milhões teriam sido destinados apenas ao PT:
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Marcelo disse ainda ao juiz Sérgio Moro que a conta ‘amigo’, que se referia ao ex-presidente Lula, começou com R$ 40 milhões entregues pela empreiteira:
O empresário também relatou doações para o PSDB com recursos de caixa 2. Segundo ele, pelo menos R$ 50 milhões foram destinados à campanha de Aécio Neves e outros candidatos do partido:
Pai de Marcelo e também delator, Emílio Odebrecht contou que atendeu a um pedido de Dona Marisa e ajudou o filho caçula de Lula, Luís Cláudio, que queria empreender no futebol americano:
Um dos executivos da Odebrecht mais próximos de Lula, Alexandrino Alencar afirmou na delação que fez pagamentos a Frei Chico, irmão do ex-presidente.
Alexandrino falou ainda sobre obras que a empreiteira fez no sítio que seria de Lula:
Elo da Odebrecht com os políticos, o executivo Benedito Júnior admitiu a responsabilidade por organizar doações eleitorais da empresa via caixa 2:
Benedito também revelou que obras públicas realizadas no País inteiro aconteceram mediante o pagamento de propinas, entre elas a construção da Arena Corinthians e do Rodoanel, em São Paulo.
Ainda segundo o delator, a construção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, saiu mediante pagamento ao ex-deputado Eduardo Cunha:
