Com boa parte dos principais políticos de São Paulo citados na “lista de Fachin”, e o seu inevitável efeito sobre a classe política em geral, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), passa a ser a principal alternativa dos tucanos para as eleições de 2018.
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Para Jésus de Lisboa Gomes, professor de administração da Fecap, o episódio aumenta ainda mais a perda de legitimidade das instituições, abrindo espaço para “outsiders”, como Doria, que se define como gestor, não político. “Ele tem dito que vai cumprir o mandato da prefeitura, mas as coisas mudam e ele pode ser empurrado para a governo por pressão do partido.”
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A professora de ciência política da Fundação Escola de Sociologia e Política Roseli Coelho vai além e vê Doria como o candidato tucano à Presidência. “Há uma briga interna e a citação de Alckmin na lista de Fachin (o Superior Tribunal de Justiça irá decidir se abre ou não inquérito contra o ele) dá aos adversários do governador argumentos para que ele não seja o candidato”, analisa.
Caso venha a ser investigado, o padrinho político de Doria teria que lidar com um consequente desgaste na imagem junto ao eleitorado. Algo que não interessa a boa parte dos tucanos.
Do lado do PT, o ex-prefeito Fernando Haddad, citado como opção ao governo, apareceu na delação da Odebrecht – ele negou a acusação. “Mas o PT já está sofrendo um cerco midiático tão forte que, estar na lista, no caso do petista, não interfere muito”, disse Roseli.
