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Prefeitura de Curitiba deve pelo lixo há mais de nove meses

Seguindo o esforço para a aprovação de seu pacote de austeridade, a prefeitura deslocou nesta terça-feira um grupo de secretários municipais para ser reunir com 36 dos 39 vereadores de Curitiba. No encontro, o secretário de finanças, Vitor Puppi, disse que “não há plano B” para o ajuste, e que caso as leis não sejam aprovadas, a situação será de insolvência em breve. “Se continuar como está, o município vai desligando aos poucos”, disse.

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Segundo ele, para pagar todas as dívidas assumidas (incluindo o reajuste e os planos de carreira dos servidores), a prefeitura precisaria de R$ 2,1 bilhões até o ano que vem. “Não adianta aumentar impostos, não há um aumento de tributo que seja suficiente para chegar em um número dessa magnitude”, afirmou.

As dívidas chegam a R$ 40 milhões para a Feas (Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba, que paga parte do sistema público de saúde) e R$ 50 milhões ao ICI, instituto que comanda a informática municipal. Para o lixo, a prefeitura já deve mais de R$ 100 milhões.  “Nós já estamos devendo desde junho de 2016. Estamos pagando em dias as obrigações de 2017 para que o serviço continue”.

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Devido à crise econômica, os recolhimentos de ISS e de ITBI estão em queda de 15% e 37%, respectivamente. O único acréscimo foi no IPTU – devido a um aumento promovido pela gestão anterior.  Mesmo assim, segundo Puppi, o valor é insuficiente para cobrir o rombo.

Sindicatos

Os sindicatos de servidores municipais estão ameaçando nova greve, já que o plano da prefeitura corta reajustes até outubro e suspende por tempo indeterminado os planos de carreira. A segunda medida geraria uma economia de R$ 154 milhões apenas nos planos de carreira dos professores. Na próxima segunda-feira os servidores têm nova reunião marcada com os vereadores.

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