Depois dos maias arriscarem uma data em 2012, a nova promessa de fim do mundo é russa. E não tem nenhuma ligação com a frágil relação política do país com outras nações.
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O novo messias da catástrofe tão temida por muita gente é o astrônomo russo Dyomin Damir Zakharovich. Em entrevista publicada em janeiro pelo jornal inglês “Daily Mail”, o cientista cravou: o mundo acaba no dia 16 de fevereiro (nesta quinta-feira!).
A cena prevista pelo russo não é novidade para as telas de cinema. Um meteoro atinge o oceano, gera ondas gigantes e dizima a vida na Terra.
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Zakharovich afirmou ao jornal que um corpo celeste de cerca de 1 quilômetro de diâmetro, batizado de “2016 WF9’’ e monitorado pela Nasa, está em rota de colisão com a Terra nesta data. Se o astrônomo realmente existe, não há registros precisos. Perfis falsos surgiram nas redes sociais ironizando sua profecia.
Mas o mais curioso é que o “2016 WF9” realmente está em órbita. A Nasa afirma em seu site monitorá-lo desde novembro do ano passado. A agência espacial americana diz, porém, que não há motivos para realizarmos nossos últimos desejos antes do fim do mundo.
O mais perto que esse possível cometa passará da Terra será no dia 25 deste mês, a uma distância de 51 milhões de quilômetros.
“A trajetória de 2016 WF9 é bem nítida e o objeto não é uma ameaça à Terra”, esclarece a Nasa.
O “burburinho” chegou aos cientistas brasileiros. A SAB (Sociedade Astronômica Brasileira) emitiu uma nota sobre o tema, onde concluiu: “não há fundamento científico para a notícia.”
‘Chance é 1 em 100 milhões de anos’
Thiago Signorini Gonçalves, astrônomo da UFRJ explica por que não há possibilidade de um meteoro cair nesta quinta-feira.
O mundo vai acabar nesta quinta-feira? Por que a SAB publicou nota sobre o tema?
Vimos muita coisa circulando nas redes sociais e resolvemos esclarecer. Não há chances disto acontecer. O asteroide, ou talvez um cometa escuro e sem cauda, que foi descoberto em 27 de novembro de 2016, com diâmetro estimado entre 0,5 e 1,0 km, completa uma volta em torno do Sol a cada 1.780 dias ou 4,8 anos e passará em seu ponto mais próximo à Terra no dia 25 de fevereiro, a cerca de 51 milhões de km, o que equivale a um terço da distância entre a Terra e o Sol.
Qual a chance de um meteoro um dia realmente atingir a Terra?
Não há riscos. Às vezes, acontece de recebermos meteoritos, que são pedaços de rocha e quase nunca causam danos. Em escalas maiores, sim, acredita-se que os dinossauros foram dizimados desta forma. Mas a chance é de um meteoro a cada 100 milhões de anos. Há várias redes no mundo inteiro monitorando os corpos celestes. Num futuro próximo, isso não ocorrerá. METRO