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Estado do Rio de Janeiro tem 25 roubos de carga por dia

São 25 roubos de carga por dia. Uma realidade que parece só piorar no Estado do Rio, onde esse tipo de crime vem crescendo ao longo dos anos. O último levantamento, feito pelo ISP (Instituto de Segurança Pública), mostra que de janeiro a outubro deste ano houve um aumento de 32% no número de casos em relação ao mesmo período do ano passado.

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Os principais alvos dos bandidos são a rodovia Washington Luiz, a Avenida Brasil e a via Dutra. Mas é no trecho que corta o município de Duque de Caxias onde acontece o maior número de casos: cerca de 550 somente neste ano.

As imagens registradas pelas câmeras de trânsito ou por circuitos de segurança dos veículos mostram a violência dessas quadrilhas. Os criminosos estão sempre fortemente armados e ameaçam os motoristas. Dono de empresa, que pediu para não ser identificado, está com três funcionários afastados. Todos por motivos psicológicos.

“Há duas semanas, inclusive, nós tivemos um caso de extrema violência. Bateram e colocaram arma na cabeça dele com muita violência. Isso é uma constante, infelizmente. E já aconteceram casos outras vezes”, contou.

Em dez dias, o empresário teve um prejuízo de R$ 700 mil com roubo de cargas. Uma rotina de violência que levou autoridades e representantes do setor de transporte a se reunir em um seminário na sexta-feira. O delegado responsável pela investigação desse tipo de crime, Maurício Mendonça, critica a redução no número de profissionais que trabalham na delegacia.

“A Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas já contou com um efetivo de mais de cem policiais, quando nós registrávamos, na época, cerca de 13 roubos de carga por dia. Hoje nós registramos cerca de 27 a 30 e temos 50 policiais. É uma conta que não fecha. Dias ruins que vão piorar”, afirmou.

Para o delegado, aumentar o efetivo e endurecer as penas contra os bandidos que praticam esse crime são pontos cruciais para a redução dos roubos no Rio. Ele afirma que a maior quadrilha do Estado é responsável por 40% dos casos. Mas, mesmo com os assaltantes já identificados, os policiais têm dificuldades em manter o grupo longe da rua.

“Nós prendemos os líderes e o que ficou preso por mais tempo ficou por 60 dias. Na quinta-feira, eu tive o desprazer de encontrá-lo na delegacia com um ofício judicial para que eu devolvesse o veículo que foi apreendido porque estava sendo usado em roubo de carga. E nós vamos continuar sempre enxugando gelo”, criticou Mendonça.

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