A taxa de desemprego no Brasil, medida pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), ficou em 11,2% no trimestre encerrado em maio. Ela é superior aos 10,2% de fevereiro e aos 8,1% do trimestre encerrado em maio de 2015, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Empresários pressionam para que as reformas trabalhista, da previdência e administrativa saiam do papel para tornar a economia mais ágil e facilitar novas contratações.
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“O problema é que a gente está em uma crise cujos problemas são estruturais, Não é simplesmente falta de crédito ou um momento em que a economia enfrentou problemas por causa da crise externa”, diz Renato Fonseca, diretor de pesquisas da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A reforma trabalhista está “empacada” no Congresso. São 6.397 projetos para mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)tramitando no legislativo. O governo já sinalizou que tem como prioridade promover alterações na lei para permitir negociações diretas entre patrões e empregados. A intenção é não mexer em direitos como o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e o 13º.
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“Não serão tirados direitos de quem está empregado, serão dados direitos a quem está desempregado”, diz Marcel Solimeo, presidente da Associação Comercial de São Paulo. Para ele, a legislação atual não pode ser mantida apenas porque os sindicatos são contra.
“Hoje nós precisamos, na área do trabalho, de muitas reformas no Brasil Não só na CLT, mas no arcabouço geral, na chamada Justiça do Trabalho. Nós temos uma legislação retrógrada que não privilegia os trabalhadores”, afirma o deputado federal Nelson Marchezan Jr. (PSDB-RS), severo crítico do atual modelo em que, segundo ele, o trabalhador é refém de decisões impostas por sindicatos e até mesmo pelo parlamento. “É importante começarmos a defender aqui [na Câmara] os interesses de quem paga o nosso salário – o trabalhador”, diz Marchezan Jr.