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Membro do PCC é preso; facção está por trás de roubo a transportadoras

A polícia prendeu um integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) na região de Santo André, no ABC Paulista. A prisão de José Elias de Andrade ocorreu no último sábado (9), mas só foi divulgada nesta terça-feira (12) pela SSP (Secretaria de Segurança Pública).

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O criminoso, conhecido como Zeca do Zaíra, é suspeito e ter participado do ataque à empresa de transporte dos valores em Ribeirão Preto.

Entretanto, a polícia afirmou que ainda não há indícios de que ele faça parte do bando. O roubo está sendo investigado e nenhum criminoso foi localizado. A prisão foi registrada no 1º DP de Santo André.

PCC está por trás de assaltos

Campinas, 14 de março: Trinta criminosos fortemente armados explodem a sede de uma transportadora de valores e fogem com cerca de 48 milhões de reais.

 

Santos, 4 de abril: Bandidos trocam tiros com a polícia numa ação semelhante, causando a morte de 2 PMs e um morador de rua. A quadrilha leva 12 milhões de reais, mas na fuga deixa pra trás um malote com nove milhões.

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Ribeirão Preto, 5 de julho: Mais um roubo envolvendo explosivos e uma quadrilha armada de fuzis. Cerca de 60 milhões de reais são roubados e um policial é morto durante o tiroteio.

 

Estes são os casos que a delegacia que combate o crime organizado confirmou que o PCC (Primeiro Comando da Capital) está por trás. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, um dos delegados do departamento revelou que a facção criminosa recebeu boa parte do dinheiro roubado, por fornecer infraestrutura para os criminosos.

 

De acordo com a polícia, Luciano Castro de Almeida, o Zequinha, é um dos mentores por trás dos roubos às transportadoras.

 

O jornalismo da Band apurou que o dinheiro entregue à facção seria referente ao aluguel de armas, explosivos e equipamentos, e também compra de pontos de venda de drogas no Estado. Assim, o PCC não se envolve diretamente nos assaltos, mas recebe boa parte dos lucros para comprar drogas e armas na Bolívia e no Paraguai, sem correr grandes riscos.

 

“[O PCC] contrata gente, armamento, munição em grande quantidade e também compram informações de dentro dessas empresas”, detalha o coronel José Vicente, consultor em segurança pública.

 

“Seria conveniente que houvesse um trabalho mais intenso de inteligência junto ao sistema prisional para [investigar] as lideranças de facções presas; [as lideranças] não podem ter nenhum tipo de comunicação com seus asseclas”, sugere.

 

Assista à reportagem do Jornal da Band: 

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