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Na região ABC, diagnóstico chega a só 10% dos casos de gripe

Pacientes com sintomas de síndrome respiratória grave têm ficado sem diagnóstico preciso sobre a doença. Ao menos 373 pessoas no ABC estão com exames em investigação desde o início do ano. Apenas 44, ou cerca de 10%, de acordo com levantamento realizado pelo Metro Jornal com as secretarias municipais de saúde, tiveram resultado concluído. A preocupação dos órgãos públicos são as infecções pelo H1N1, responsável por seis mortes desde o início do ano na região.

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Os municípios afirmam que a demora não compromete o tratamento dos pacientes, que têm recebido cuidados para H1N1 antes da confirmação. Mas ela dificulta o planejamento da rede pública, que precisa de dados precisos para campanhas de prevenção e administração dos leitos hospitalares.

Empurra-empurra
O Instituto Adolfo Lutz, do governo do Estado, é o laboratório responsável pelos resultados. A Secretaria de Estado da Saúde afirma que há falta dos kits para realizar o trabalho, o que estaria motivando os atrasos. O material é distribuído pelo Ministério da Saúde.

Está não é a primeira vez que a região fica sem diagnóstico. O mesmo  aconteceu com os casos de dengue neste ano, quando o instituto também culpou a União pelo atraso no envio de material.

O governo federal assume não enviar insumos para laudos de gripe aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública desde 2014. De acordo com o Ministério, a quantidade na ocasião foi suficiente para boa parte de 2015, “uma vez que a circulação do vírus foi menor no ano passado”, diz em nota.

O órgão afirma que a situação deve se regularizar neste mês, com a distribuição de 200 mil reações para os diagnósticos. Este total seria suficiente para atender o país por seis meses. Um novo processo de licitação foi iniciado por conta do aumento de casos da gripe. O Ministério acredita que o novo lote seja suficiente para o ano todo.

Apesar de reconhecer dificuldade com o material, o governo federal diz que o Estado também pode fazer compras para os diagnósticos. O Ministério afirma ainda que o kit para a realização de testes por imunofluorescência, outra opção para a obtenção de resultados, está com distribuição normalizada e poderia ser utilizado pela secretaria estadual.

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ABC chega a seis mortes
Duas novas mortes pela gripe A H1N1 foram confirmadas ontem pelas secretarias de saúde do ABC, totalizando seis casos. As novas vítimas eram moradores de Ribeirão Pires e São Bernardo.  Esta última cidade já havia confirmado uma morte. As outras três são de Santo André (2) e Mauá (1). Até o dia 12 de abril, o Estado de São Paulo registrou 886 casos e 96 óbitos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Do total, 715 casos e 91 mortes foram relacionados ao sub-tipo A H1N1. Os quatro meses de 2016 já superam o ano passado inteiro, com  342 casos de SRAG e 65 óbitos.

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