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Balde para guardar água é o maior ‘berçário’ da dengue em SP

Aliados da população na sobrevivência durante a crise hídrica, os tonéis que reservam água são os grandes vilões quando o assunto é a proliferação do Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. Foi nestes recipientes que a prefeitura encontrou a maior quantidade de larvas do mosquito na capital.

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A constatação está presente na ADL (Avaliação de Densidade Larvária), realizada mês passado pela Secretaria Municipal de Saúde e que indicou onde as larvas estão mais presentes. Depois dos campeões tonéis e caixas d’água, aparecem baldes e regadores.

Juntos, esses itens, comuns na maioria das residências, representam 30% dos recipientes em que foram encontradas larvas do mosquito transmissor.

O aumento em um ano é de 50%. “Essa é uma tendência que vinha sendo observada desde o ano passado e se consolidou em 2016”, disse o secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha.

O tradicional pratinho das plantas – outrora vilão – e a pingadeira perderam três posições e foram da liderança do ranking em 2015 para o quarto lugar neste ano.

Padilha afirmou que a troca de posições está diretamente ligada com a crise hídrica. “Há uma relação entre a presença do Aedes na cidade e a necessidade da população de reservar água devido à oferta não regular, sobretudo na periferia.”

De acordo com o secretário, o problema de abastecimento da zona leste – motivado pelo esvaziamento do sistema Alto Tietê –, é um dos fatores que explicam porque a região concentra o maior número de casos da cidade.

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Somado a isso, há muita gente exposta à doença. “Em 2014, a zona oeste foi o principal local de casos. Em 2015, foi a vez da zona norte e, em 2016, a zona leste está se consolidando como campeã”, afirmou.  

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