Brasil

Em nota, Michel Temer rebate acusações de Delcídio do Amaral

Em nota pública, o vice-presidente Michel Temer rebateu as acusações feitas pelo senador Delcídio do Amaral em sua delação premiada. O peemedebista negou conhecer e ter indicado João Henriques, envolvido em denúncia de supostos repasses ilegais para o PMDB, para a diretoria da BR Distribuidora.

ANÚNCIO

“Não conhecia Henriques e não o poderia ter indicado”, afirmou o vice. “Muito menos, ter participado de suposto esquema do etanol, do qual só tomo ciência agora”. Temer disse que conheceu Henriques anos depois e que manteve “alguns poucos contatos” com o lobista.

Na delação, Delcídio também envolve o peemedebista no apadrinhamento de Jorge Zelada – suspeito de desvio e lavagem de dinheiro da Petrobras – para a Diretoria Internacional da estatal. Temer disse que o nome de Zelada foi indicado e aprovado por uma bancada do partido de Minas Gerais e que, como presidente da legenda na época, foi apenas informado do fato.

“Esse procedimento era rotineiro, já que muitas e muitas vezes vários nomes indicados pelas bancadas eram-me tão somente comunicados”, alegou.

Leia a íntegra:

«Dirijo-me pessoalmente à imprensa brasileira para, como homem público, prestar esclarecimentos à sociedade.

Faça-o para refutar as insinuações do Senador Delcídio do Amaral em sua colaboração premiada. Disse que, em 1997, no governo Fernando Henrique Cardoso, indiquei o senhor João Henriques para diretor da BR Distribuidora e que lá teria havido ilicitude referente à compra de etanol. Disse mais: que muito tempo depois ,em 2007, “apadrinhei” o seu nome para a Diretoria Internacional da Petrobrás. Que rejeitado o seu nome, “chancelei” depois o nome do senhor Zelada.

ANÚNCIO

Esclareço:

1. Em 1997, não conhecia o senhor Henriques. Só vim a conhecê-lo anos depois e, mais tarde, em 2007, membros da bancada de Minas Gerais informaram-me, como presidente do partido, que o seu nome seria apresentado pela bancada para aquela diretoria. O nome não foi aprovado. Posteriormente, indicaram o nome do senhor Jorge Zelada que foi encaminhado pela mesma bancada, e foi aprovado. Aliás, esse procedimento era rotineiro, já que muitas e muitas vezes vários nomes indicados pelas bancadas eram-me tão somente comunicados. Estes os fatos.

2. Note-se: não conhecia Henriques e não o poderia ter indicado. Muito menos, ter participado de suposto esquema do etanol, do qual só tomo ciência agora. Reitero que o conheci anos depois. Mantive com ele alguns poucos contatos. Repito, portanto, que jamais o apadrinhei e ele jamais solicitou esse apadrinhamento.

3. Não admitirei imputações irresponsáveis que atinjam a minha honra, maculem minha imagem na vida pública e profissional e minha trajetória na defesa dos princípios democráticos da Constituição Federal. Mas isto não me exime da responsabilidade de esclarecer e ao mesmo tempo revelar a minha mais veemente indignação.»

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias