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Mulher perde espaço no mercado de trabalho na região do ABC

A taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho do ABC diminuiu, ao passar de 54,4%, em 2014, para 53,2%, em 2015. A queda interrompe  crescimento da presença feminina registrado nos últimos três anos. Para os homens, esse indicador permaneceu praticamente estável de um ano para o outro (de 69,8% para 69,9%).

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As informações foram reveladas nesta quinta-feira pela pesquisa feita pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em parceria com o Consórcio Intermunicipal do ABC.

Segundo a economista e técnica da Fundação Seade Márcia Guerra, a diminuição da participação das mulheres é resultado da crise econômica que o país enfrenta desde o ano passado.

“Os empregadores têm cortado os grandes cargos ou os que possuem salários menores e que resultam em custo menor de demissão. Se pensarmos que as mulheres ganham menos que os homens, elas acabam sendo mais afetadas no mercado de trabalho”, diz a especialista.

Márcia afirma também que a diminuição de emprego no setor de serviços, um dos mais prejudicados com a crise e que tem boa ocupação feminina, é outro fator que colabora com a menor participação das mulheres nas empresas da região.

“Ao mesmo tempo, tem aquelas que foram demitidas e não continuaram na área porque foram buscar outras alternativas, como trabalhar de autônomas e de maneira informal. Foi observado crescimento nesse cenário, que impacta diretamente na participação delas no mercado de trabalho”, comenta Márcia.

Salário

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A pesquisa também mostra que houve diminuição na diferença salarial entre homens e mulheres na região. Porém, a notícia não é encarada de maneira positiva. “O reflexo não é tão bom porque o rendimento de ambos diminuiu, mas a  queda foi mais significante para os homens.” 

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