«Finalmente!», foi a exclamação do papa Francisco ao se encontrar nesta sexta-feira (12) com o patriarca de Moscou, Cirilo I, na primeira reunião na história entre os líderes das igrejas Católica e Ortodoxa Russa.
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«Somos irmãos», disse o Pontífice logo em seguida, em espanhol. A certo ponto, Cirilo afirmou: «Agora as coisas serão mais fáceis». Como resposta, Jorge Bergoglio declarou: «Está claro que essa é a vontade de Deus». Os dois líderes estão acompanhados por tradutores.
O inédito encontro começou logo após o desembarque do papa no aeroporto internacional José Martí, em Havana, capital de Cuba. Ao descer do avião da Alitalia que o levou, Francisco foi recebido pelo presidente Raúl Castro, que o acompanhou até o local do cara a cara com o líder ortodoxo.
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Os dois religiosos se cumprimentaram com um afetuoso abraço e beijos na bochecha. A expectativa é que o encontro dure mais de duas horas, ao fim das quais eles trocarão presentes, farão um breve discurso para a imprensa e assinarão uma declaração conjunta, já acertada pelos assessores diplomáticos de ambos os lados.
Segundo o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, a reunião é um «grande sinal de esperança» e um «momento que dá coragem e ânimo para continuar tentando construir mais relações de ponte, encontro e diálogo».
Apenas neste ano de Jubileu da Misericórdia, o Papa já visitou a Sinagoga de Roma, recebeu convite para ir à Grande Mesquita da capital italiana, anunciou que viajará, em outubro, à Suécia para as celebrações pelos 500 anos da Reforma Luterana e agora se reúne com Cirilo I. E estamos somente em fevereiro.
O encontro acontece em um momento no qual Jorge Bergoglio tem insistido na questão da união entre os cristãos, principalmente por conta das perseguições no Oriente Médio e na África pelo jihadismo islâmico. Após a histórica aparição ao lado do patriarca, Francisco segue para o México, onde ficará até o dia 18 de fevereiro.