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Comércio de SP contabiliza prejuízos após protesto contra aumento da passagem

O comércio da região da República, no centro de São Paulo, amanheceu contabilizando os prejuízos causados após a manifestação dessa terça-feira contra o aumento da tarifa do transporte público.

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Três bancos e alguns prédios tiveram os vidros das fachadas quebradas pelos vândalos.

Em alguns locais, tapumes foram colocados para evitar saques durante a madrugada.

Por causa da confusão de terça-feira, cinco pessoas foram detidas. Dois rapazes estariam com martelo, máscaras, luvas e um estilingue na mochila. Eles foram ouvidos na delegacia e liberados em seguida. Outros três suspeitos foram liberados ainda no local.

 

Quarto protesto em 4 atos

O quarto ato contra o reajuste das tarifas do transporte púbico não foi um só: foram quatro, causando interdições em diferentes pontos da cidade.

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No que seria o “principal”, convocado pelo MPL (Movimento Passe Livre), como os três anteriores, os manifestantes se concentraram na av. Rebouças com a av. Faria Lima, em Pinheiros (zona oeste) e se dividiram. Um grupo seguiu para a sede da prefeitura, e o outro, para a sede do governo estadual. Longe dali, em dois extremos da capital, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) também organizava protestos contra o aumento da tarifa: no Capão Redondo (zona sul) e em Itaquera (zona leste). Ambos ocorreram sem incidentes.

Em Pinheiros, um dos  grupos, formado por cerca de 1,5 mil pessoas, subiu a Rebouças. A presença dos black blocs era maior do que no último protesto, o que aumentou a tensão.

O grupo foi recebido por um forte esquema de segurança na chegada à av. Paulista. Homens da Tropa de Choque acompanharam a marcha. Comerciantes baixavam portas, e o grupo seguiu pela avenida até a descida para a av. Nove de Julho. Nos prédios, um grupo soltou rojões e gritou junto com os manifestantes. Toda a caminhada, a partir da Paulista, foi acompanhada por cordões da PM de ambos os lados.

Apesar de ter black blocs também, o protesto do grupo que foi para o Palácio dos Bandeirantes foi pacífico. O trajeto, passando pelas avenidas Faria Lima, Cidade Jardim, ponte Cidade Jardim até fechar a avenida Morumbi, foi acompanhado de policiais e se dispersou em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sem conflitos.

Já no grupo que seguia para o centro, o clima foi ficando mais tenso.

No final do ato, um grupo formado por cerca de 30 jovens tentou pular as catracas na estação República. Seguranças do Metrô e da linha 4-Amarela fizeram um bloqueio. Após 40 minutos de troca de ameaças, o grupo saiu, juntou-se a outros jovens que estavam do lado de fora e fechou a avenida São João, mas houve confronto quando a Tropa de Choque chegou. A estação República foi fechada.

Os manifestantes jogaram garrafas nos policiais, que lançaram bombas de efeito moral e de fumaça. Os ativistas correram para a rua Sete de Abril, onde  foram cercados pelos policiais e tentaram fugir pelas transversais, ateando fogo a lixo e caçambas que encontravam pelo caminho. Foi tanto fogo que os bombeiros foram chamados para apagar.

Assim, um grupo chegou à estação Anhangabaú. A estação tinha portas fechadas. Houve tumulto e discussões com os agentes do Metrô.

Os ativistas então tentaram acessar outro ponto do centro, mas acabaram dispersados por novas bombas. E assim, com mais um conflito, mas desta vez sem informação de feridos, acabou o quarto ato. O próximo deve ser nesta quinta-feira, no terminal Parque Dom Pedro, às 17h. 

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