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Centros de compras precisam se reinventar para atender ‘Geração Y’

Ainda estamos no começo de 2016 e, enquanto passeamos distraidamente pelo shopping em busca de algo que nos chame a atenção na vitrine mais próxima, executivos do mundo todo se reúnem em Nova York no NRF Big Show, o maior evento de varejo do mundo, para tentar entender e desenvolver estratégias para atrair novos consumidores, em especial os chamados “millennials” que, até 2025, devem representar 75% da força de trabalho.

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Mas quem são os “millennials”? Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&BW, explica que eles integram a geração dos jovens nascidos entre 1982 e 2000. Pessoas que cresceram em um mundo digital, cercadas de conectividade e informação em abundância. Têm uma relação única com consumo e não procuram coisas apenas para comprar, mas, mais do que isso, experiências para viver.

Na prática, isso significa que lojistas e shoppings, que nasceram como templos absolutos de consumo, terão de reaprender a se relacionar com os seus consumidores.

“A começar pelo desafio de estabelecer uma ponte entre o mundo físico e o ambiente virtual, onde esse grupo passa boa parte do seu tempo”, diz Marinho.

Em um dos vários painéis do evento, o diretor-geral GS&MD, Marcos Gouvêa de Souza, discorreu, ao lado do CEO da marca carioca Reserva, Rony Meisler, sobre como fisgar esse consumidor “antenado”. Meisler, que tem se dado bem com os “millennials”, sugere que os empresários precisam mudar a visão sobre como fazer negócios.  “Quando você já nasce dentro de um universo, em um ecossistema, você não tem muita noção do que acontece fora dele. A gente está totalmente inserido neste universo, que é de conhecimento profundo, de rapidez, de viver com propósito. Não é o que você vende, é o que você acredita. Não é meu negócio, é minha vida”, raciocina Meisler. Taí um recado que merece ser ouvido.

O momento difícil da economia brasileira pode ser o que faltava para encorajar varejistas a explorar outros mercados pelo mundo. Essa é a aposta de Duílio Malfatti, gerente de marketing da Apex-Brasil, a agência de promoção de exportações e investimentos do governo federal, que marca presença no NRF Big Show.

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Qual a importância do evento para a Apex?

A Apex-Brasil apoia 88 setores e o varejo, pela importância e capacidade de movimentar a economia do país, não poderia ficar fora. E principalmente porque nós pretendemos trazer algumas empresas brasileiras para se internacionalizar e atrair investimentos de empresários estrangeiros para o varejo no Brasil.

O Brasil tem a segunda maior delegação estrangeira, atrás apenas do Canadá, com 1.135 executivos e empresários. Que impacto isso tem na imagem do país?

Isso mostra que o empresário brasileiro, apesar de todos os nossos problemas, acredita no país e cria a confiabilidade que o empresário estrangeiro precisa ter nos nossos negócios.

Buscar mercado fora é mais importante pelas dificuldades internas ou deve ser sempre um caminho para empresas brasileiras?

Não depende de estar ou não em crise. O empresário brasileiro precisa aprender que se internacionalizar é tão importante quanto vender para o mercado interno. Nesses momentos de crise, o que salva é a exportação.

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