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Ciente de que precisa consolidar apoios para evitar surpresas, sobretudo na votação do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff, que nesta segunda-feira completou 68 anos, decidiu tomar a frente dos diálogos com os partidos aliados. Na reunião de coordenação política nesta segunda-feira ficou acertado que haverá a partir desta terça-feira uma conversa franca com os deputados da base aliada. O ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) agendará os encontros destinados a ouvir queixas e avaliar eventuais pedidos.
Ausente da reunião, o vice-presidente da República, Michel Temer, foi a inspiração para a nova postura. A carta escrita por Temer afirmando ocupar uma posição figurativa levou o governo a fazer uma autocrítica sobre o relacionamento com os aliados.
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Ao ministro Jaques Wagner (Casa Civil) caberá a missão de mapear os deputados que vêm votado contra o governo.
Compasso de espera
No Palácio do Planalto, há uma expectativa positiva em relação à sessão de desta quarta-feira do STF (Supremo Tribunal Federal), que definirá o rito do processo de impeachment.
O governo espera que os ministros derrubem pelo menos a votação secreta e a formação da Comissão Especial com uma ‘chapa avulsa’, que permitiu uma composição amplamente desfavorável a Dilma. Com a previsão confirmada, a presidente trabalhará para evitar que os deputados aliados sejam influenciados pela opinião pública, uma vez que a votação passaria a ser com voto aberto.
Prefeitos contra
Prefeitos de 16 capitais subscreveram uma carta de repúdio ao processo de impeachment entregue nesta segunda-feira à presidente Dilma Rousseff. “Não há atos ou fatos que respaldem o início de um processo dessa natureza”, diz o documento
Fiesp a favor
A Fiesp e o Ciesp (Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgou nesta segunda-feira que, após pesquisas entre industriais, decidiram apoiar o processo de impeachment.