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Ataques terroristas na Tunísia, França e Kuait deixam dezenas de mortos

Três países registraram nesta sexta-feira (26) atentados terroristas com mortes já confirmadas. Na Tunísia, pelo menos 37 pessoas morreram em um resort na cidade de Sousse, região turística do país. Na França, uma pessoa morreu e duas ficaram feridas após um atentado a uma usina próxima à cidade de Lyon.  No Kuwait, um atentado a uma mesquita xiita, reivindicado pelo Estado Islâmico, deixou pelo menos 25 mortos e 202 feridos. Itália e Espanha elevara o nível de alerta após os ataques.

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Não é possível afirmar se há uma relação direta entre os casos.

O governo brasileiro condenou os atentados terroristas que ocorreram nesta sexta. “Trata-se de atos criminosos, perpetrados por extremistas em nome de ideias incompatíveis com as regras mais elementares de convívio e respeito aos direitos humanos. A intolerância religiosa e o recurso à violência indiscriminada, praticados sob qualquer pretexto, merecem o mais veemente repúdio da sociedade e do governo brasileiro”, informou o Ministério das Relações Exteriores, em nota.

Kuait

Pelo menos 25 pessoas morreram e 202 ficaram feridas em um ataque a uma mesquita xiita no Kuait nesta sexta-feira, segundo dados atualizados pelo Ministério do Interior.

O grupo militante Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelo ataque suicida, de acordo com uma declaração postada nas redes sociais.

A declaração identificou o homem-bomba como Abu Suleiman al-Muwahed e informou que o alvo era um «templo dos rejeicionistas» – termo usado pelo grupo militante para se referir ao muçulmanos xiitas, a quem considera hereges.

Nesta sexta-feira, mais dois atentados foram registrados na Tunísia e na França. Não é possível dizer se os ataques tiveram algum tipo de ligação.

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Tunísia

Pelo menos 37 pessoas morreram, a maioria britânicos, belgas e alemães, em um ataque nesta sexta-feira (26) contra um hotel na zona turística de Sousse, na costa oriental da Tunísia, informou o Ministério do Interior.

Segundo o porta-voz do ministério, Mohamed Ali Aroui, tratou-se de «um ataque terrorista contra o hotel International Marhaba, em Sousse».

Uma rádio local, que cita fontes da segurança, disse que homens armados entraram na praia e no ‘lobby’ do hotel abrindo fogo indiscriminadamente contra as pessoas que ali estavam.

Sousse é um dos balneários turísticos mais populares da Tunísia, atraindo visitantes da Europa e de países vizinhos do norte africano.

A Tunísia está em alerta desde março, quando atiradores militantes islâmicos atacaram o Museu Bardo, em Túnis, matando um grupo de turistas estrangeiros em um dos piores ataques em um década no país.

Nesta sexta-feira, mais dois atentados foram registrados no Kuait e na França. Não é possível dizer se os ataques tiveram algum tipo de ligação.

França

Uma pessoa foi decapitada e ao menos duas ficaram feridas em um atentado provavelmente terrorista cometido nesta sexta-feira em uma fábrica de gás perto da cidade de Lyon, no centro-leste da França, quase seis meses depois dos ataques contra a revista satírica Charlie Hebdo.

Um suspeito foi detido e identificado, anunciou em Bruxelas o presidente francês, François Hollande, que acrescentou que se tratava de um atentado de natureza terrorista e que um cadáver decapitado foi encontrado perto da fábrica.

A cabeça coberta com inscrições em árabe estava pendurada em uma grade, perto do local do atentado, indicaram fontes próximas à investigação.

O atentado ocorreu às 10h locais (5h de Brasília), na fábrica de gás da multinacional Air Products, segundo fontes judiciais.

Hollande, que decidiu voltar a Paris, declarou que um conselho restrito se reunirá no Eliseu às 15h30 locais (10h30 de Brasília).

Um balanço provisório informava ao meio-dia local sobre um morto, encontrado decapitado no local, e dois feridos leves, segundo uma fonte próxima à investigação.

Um dos autores do atentado entrou na fábrica da Air Products com uma bandeira islamita e detonou vários cilindros de gás, indicaram as fontes.

«Segundo os primeiros elementos da investigação, um ou vários indivíduos, a bordo de um veículo, entraram na fábrica. Então ocorreu uma explosão», informou uma fonte próxima ao caso.

«O corpo decapitado de uma pessoa foi encontrado nas imediações da fábrica, mas ainda não se sabe se foi transportado para lá ou não», acrescentou a fonte, que também mencionou «uma bandeira com inscrições em árabe encontrada no lugar».

Vigilância reforçada

O primeiro-ministro, Manuel Valls, ordenou uma vigilância reforçada em todos os locais sensíveis da região de Lyon, segunda cidade da França e que abriga muitas instalações industriais.

A procuradoria antiterrorista abriu uma investigação, anunciou o procurador da República de Paris, François Moulins, em um comunicado.

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, que se encontrava na região, declarou que o suposto autor do atentado era «vinculado ao movimento salafista».

Este suposto terrorista estava fichado por radicalização, mas não tinha antecedentes criminais, declarou o ministro.

Mais dois são presos por atentado na França

Mais duas pessoas foram presas suspeitas de participar do ataque terrorista em um fábrica perto de Lyon, na França, nesta sexta-feira. Entre eles está a esposa do suposto autor do ataque Yassin Salhi.

O outro suspeito foi preso após ser visto dentro de um veículo nos arredores do complexo. A casa dele foi revistada, mas, por ora, não foi estabelecido qualquer vínculo formal entre esta pessoa e o ataque.

A pessoa encontrada decapitada foi identificada como um empresário de Lyon, informaram fontes ligadas à investigação. Nenhum detalhe sobre a identidade da vítima foi dada por ora pelas autoridades.

De acordo com os primeiros elementos da investigação, a empresa de transporte deste homem, que teria cerca de 45 anos, possuía uma autorização para entrar nas instalações da fábrica Air Products.

Segundo a análise das imagens de segurança, sua cabeça foi colocada em uma cerca por seu suposto assassino.

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Itália e Espanha elevam alerta antiterrorista

A Espanha e a Itália elevaram os níveis de alerta antiterrorista na sequência dos atentados na França, na Tunísia e no Kuwait. Em Madri, o Ministério do Interior elevou o nível de alerta de médio para alto.

“ Considerando a proximidade do nosso país dos países onde alguns desses ataques ocorreram, foi proposto elevar o nível de alerta antiterrorista do terceiro para o quarto de cinco níveis, o que significa um risco alto de atentado», disse o ministro do Interior espanhol, Jorge Fernandez Díaz, em entrevista à imprensa. “Este aumento implica um reforço da vigilância de alvos suscetíveis e de infraestruturas críticas”, acrescentou.

Na Itália, o ministro do Interior, Angelino Alfano, também anunciou a decisão de aumentar o alerta antiterrorista, sem, entretanto, indicar o nível. “Não há nenhum país com risco zero, por isso decidimos elevar o nível de alerta”, disse Alfano à imprensa durante uma visita a Milão.

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