Em entrevista ao canal francês “TV France 24”, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o esquema de pagamento de propina na Petrobras, investigado no inquérito da Operação Lava Jato, envolve cinco pessoas num universo de 30 mil funcionários. “Não é escândalo da Petrobras, é escândalo de um determinado funcionário que era diretor na Petrobras”, avaliou, citando que os acusados foram demitidos em 2012.
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A presidente descartou o surgimento de provas que a envolvam nas denúncias. “Eu sei que não estou ligada. É impossível. Eu lutarei até o fim para mostrar que não estou ligada. Eu sei o que eu faço. Eu tenho história por trás de mim nesse sentido. Não é uma questão de ‘se’.”
Dilma disse que há uma tentativa de ligar sua campanha ao esquema de pagamento de propina, mas ressaltou que todos os grupos políticos do Brasil tiveram relação com as empreiteiras investigadas. “E por que só a minha foi destacada? Estão tentando envolver minha campanha”, declarou à emissora da França.
Ela também comentou o recém-descoberto esquema de corrupção envolvendo a Fifa. Para a presidente, o país não tinha motivos para subornar dirigentes da federação pela Copa do Mundo no país. “O Brasil não tem nenhum motivo para se engajar em qualquer processo de corrupção, de quem quer que seja, para trazer a Copa para o Brasil”, afirmou Dilma, defendendo que a indústria do futebol precisa ser “aberta e transparente”.
