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A Lufthansa, empresa matriz da companhia aérea de baixo custo Germanwings, estuda a possibilidade de realizar exames médicos de surpresa com seus pilotos, após a tragédia dos Alpes franceses, o que permitiria detectar se os profissionais tomam antidepressivos de maneira regular.
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«Uma possibilidade para identificar o consumo deste tipo de medicamento e ser alertados sobre eventuais fragilidades psicológicas dos pilotos poderiam ser os exames de controle improvisados para os pilotos», informa, em estilo indireto, o jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), com base em uma entrevista com o presidente da Lufthansa, Carsten Spohr.
Este tipo de exame seria comparável, ao menos pelo caráter surpresa, aos controles antidoping com atletas de alto nível, afirma o jornal, que faz questão de ressaltar que Spohr não utilizou a analogia.
O presidente da Lufthansa também defendeu uma «análise atenta» sobre em que condições «excepcionais» seria possível flexibilizar o sigilo médico, segundo o FAZ.
Um avião da Germanwings que viajava de Barcelona a Dusseldorf caiu nos Alpes franceses no fim de março e matou as 150 pessoas a bordo, incluindo 72 alemães e 47 espanhóis.
Para os investigadores, o copiloto da aeronave provocou a catástrofe de maneira deliberada. Ele estava em tratamento contra a depressão e havia escondido sistematicamente seu estado de saúde da empresa.
«Ao contrário de outros incidentes aéreos, não é possível tirar conclusões claras em termos de segurança a bordo do drama da Germanwings», disse Spohr na entrevista.
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«As marcas Germanwings e Lufthansa superaram bem este teste e a confiança dos passageiros, inclusive, aumentou», disse.
Spohr espera que a filial Germanwings registre lucro este ano.