Brasil

Mais de um milhão vão às ruas de SP, diz PM; cidade teve panelaço à noite

Cerca de um milhão e meio de pessoas saíram às ruas do país neste domingo (15) para protestar contra o governo Dilma Rousseff (PT) e a corrupção na política. Houve manifestações em 25 Estados e no Distrito Federal e, do total, mais de 1 milhão se concentrou na Avenida Paulista, em São Paulo, segundo estimativa da Polícia Militar.

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O protesto bateu recorde histórico na capital paulista. A concentração começou por volta das 10h em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) e no início da tarde já havia interditado os dois lados de toda a via.

De acordo com a administração do Metrô, a cada dois minutos chegavam 4 mil pessoas à avenida. A estações Consolação, Trianon/Masp e Brigadeiro, da linha 2 – Verde, chegaram a fechar por causa do excesso de pessoas entre o meio e o final da tarde.

Durante o pronunciamento dos ministros sobre os protestos deste domingo, alguns bairros da capital paulista como Santana, Morumbi, Vila Mariana, Moema, Saúde, Pinheiros, Vila Zelina, Jardim Avelino, Vila Prudente, Saúde, Vila das Mercês registraram panelaços.

Assim como aconteceu na última semana durante um pronunciamento da presidente, neste domingo internautas registraram o momento em que o povo entoava de suas janelas frases como «fora Dilma» e gritavam vaias. Confira o vídeo:

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Além de contra o governo, os protestos também reclamavam dos altos impostos do país. Houve manifestações em todos os estados do país e no Distrito Federal.

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As manifestações deste domingo foram 83 vezes maiores do que a organizada por movimentos sociais, pró-Dilma, na última sexta-feira.

A presidente Dilma Rousseff acompanhou as manifestações do Palácio da Alvorada e no fim da tarde se reuniu com ministros de articulação política.


Brasília

Na capital federal, onde o protesto juntou 45 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios pela manhã, segundo estimativa oficial. Com faixas pedindo desde o fim da corrupção ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, os manifestantes caminharam pela avenida e se posicionaram em frente ao Congresso Nacional.

Uma enorme bandeira do Brasil foi estendida e os manifestantes cantaram o Hino Nacional. Algumas pessoas chegaram a entrar no espelho d’água do prédio.

No final da tarde, um pequeno grupo tentou acessar o prédio sede do legislativo, furando o grande cordão da PM que impedia o acesso ao local. Os manifestantes jogaram pedras nos policiais, que revidaram com bombas de gás lacrimogêneo e dispersaram os agressores.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, a primeira grande manifestação do dia ocorreu na orla da Praia de Copacabana. Segundo estimativa dos organizadores, 15 mil pessoas participaram do ato.

As duas pistas da Avenida Atlântica chegaram a ser fechadas no meio da manhã e a passeata recebeu apoio de moradores dos prédios da orla.

À tarde, o local escolhido para a concentração do protesto foi a Igreja da Candelária, no centro do Rio. Duas pistas centrais da Avenida Presidente Vargas e a confluência com a Avenida Rio Branco foram fechadas. Acompanhados por carros de som, os manifestantes criticavam o governo e a corrupção. Também havia grupos que defendem a volta dos militares ao poder e marchavam cantando hinos do Exército Brasileiro.

Apesar de contrários ao governo, manifestantes cariocas desaprovaram o pronunciamento do deputado Jair Bolsonaro. O parlamentar, que é um dos mais críticos ao PT, foi vaiado durante tentativa de pronunciamento na capital fluminense.  Um manifestante foi flagrado xingando uma pessoa que defendia o governo de Dilma Rousseff (PT). Não houve, no entanto, registro de agressão física.

Goiânia

Cerca de 60 mil pessoas caminharam entre a Praça Tamandaré e o Parque do Areião, num percurso de cerca de 4 quilômetros. Segundo a Polícia Militar de Goiás, não foram registradas ocorrências de violência e os manifestantes se dispersaram por volta das 16h.

Porto Alegre

Houve dois pontos principais de concentração de manifestantes, o Parcão, no bairro Moinhos de Vento, e o Parque da Redenção. De acordo com a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, até as 17h, cerca de 100 mil pessoas haviam participado dos protestos na capital gaúcha. A polícia não registrou incidentes.

Curitiba

Na capital paranaense, 80 mil pessoas se reuniram na Praça Santa Andrade e seguiram para o Centro Cívico. Assim como nas outras cidades, a manifestação não teve registro de violência.

Belo Horizonte

Cerca de 24 mil pessoas se reuniram na Praça da Liberdade. A manifestação seguiu até a tarde, quando os manifestantes se dispersaram sem ocorrências que merecessem registro da Polícia Militar.

Fortaleza

A manifestação se concentrou na Praça Portugal, na Aldeota, bairro nobre da capital. A PM contabilizou 15 mil pessoas no protesto, mas  a organização do ato estimou em 20 mil pessoas. Assim como em outros locais do país, a maioria dos participantes vestia roupas com as cores da bandeira brasileira e levantavam faixas com frases de rejeição ao PT e à presidente Dilma.

O ato seguiu pela Avenida Beira Mar, na Praia de Iracema, e terminou no Jardim Japonês, na Avenida Beira-Mar, onde os participantes cantaram o Hino Nacional e trechos da música «Pra dizer que não falei das flores», de Geraldo Vandré, considerada símbolo da resistência contra a ditadura militar.

Manaus

Na capital amazonense, 22 mil pessoas se juntaram aos protestos, de acordo com a PM estadual. A passeata começou na Praça do Congresso e seguiu pelas principais avenidas do centro da cidade.

Belém

Os manifestantes caminharam pelo centro da cidade até o Theatro da Paz, um dos símbolos da capital paraense, também vestidos de verde e amarelo e levando faixas com críticas ao governo Dilma e pedidos de impeachment da presidente.

Veja imagens das manifestações pelo país:

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