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Doleiro Youssef será ouvido novamente pela Justiça

O doleiro Alberto Youssef será ouvido novamente pela Justiça Federal do Paraná, em uma das 11 ações penais em que ele é réu, entre elas, a Operação Lava Jato, em que é considerado pelo MPF (Ministério Público Federal) o operador financeiro do esquema de corrupção na Petrobras. O despacho do Juiz Sérgio Moro foi deferido nesta quinta-feira e o depoimento foi marcado para o dia 31 de março. Youssef está preso desde março do ano passado na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (PR).

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O processo é referente às investigações de irregularidades do Laboratório Labogen, empresa de fachada utilizada para lavagem de dinheiro.

A expectativa é de que a lista completa com os nomes dos políticos investigados pela Lava-jato deve ser divulgada nesta quinta-feira, às 18h. A relação foi entregue na terça-feira ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O relator do caso, o ministro Teori Zavascki, afirmou que não quer repassar as informações de forma diluída e que, quando se pronunciar, abrirá todos os dados de uma vez.

Marco Aurélio Mello, colega de Zavascki, disse que o relator da Lava Jato no Supremo é um «ministro célere» e irá optar pela «transparência dos inquéritos».

Na terça-feira, Janot entregou a lista com 54 nomes de políticos ao STF. Os presidentes da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão entre os citados.

Defesa de Youssef pediu novo depoimento

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A defesa do doleiro Alberto Youssef solicitou, em 26 de fevereiro à Justiça Federal no Paraná, que ele preste novo depoimento em acordo de delação premiada.

Em petição ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da Lava Jato na primeira instância, os advogados do doleiro pedem que ele seja ouvido novamente porque, no depoimento ocorrido em agosto do ano passado, Youssef se manteve em silêncio. A atitude foi justificada porque na ocasião o acordo de delação premiada ainda não havia sido homologado pelo Supremo Tribunal Federal.

“O acusado colaborador renova aqui todos os argumentos defensivos expostos em suas alegações finais. Em seguida, mas não menos importante, Alberto Youssef reitera o seu compromisso de colaborar com a Justiça, esclarecendo a verdade dos fatos para que esse órgão julgador possa sentenciar os eventos [supostamente] delitivos constantes na incoativa da maneira mais justa e correta”, diz parte da petição.

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