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Decisão sobre rodízio de água sairá após período de chuvas, diz diretor da Sabesp

A população da Grande São Paulo terá que esperar até o final de março para saber se enfrentará ou não um rodízio no abastecimento de água. A informação foi dada nesta quarta-feira pelo diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, durante depoimento à CPI da Sabesp na Câmara Municipal.

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De acordo com Massato, apenas no final do período chuvoso será possível avaliar como a companhia fará para enfrentar os meses de estiagem (de abril a setembro).

O diretor afirmou que a ameaça de um escalonamento só poderá ser efetivamente afastada com a entrega das obras de captação em andamento, entre elas a do sistema São Lourenço e o bombeamento de água da Billings.

Segundo Massato, a companhia trabalha como o pior cenário possível de recuperação dos reservatórios para os próximos meses. “Fevereiro foi um mês positivo, mas estamos muito longe do ideal. Enquanto não chegarmos ao volume útil do Cantareira,  seguimos com uma grave crise hídrica.” Massato admitiu que, caso o rodízio aconteça, há risco de que a água distribuída pela companhia fique contaminada por impurezas residuais nos casos.

Presente à CPI, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman,  também aposta nas obras. “Não acredito que haverá rodízio. Fiz as contas de quanto há no estoque de água e o atual volume de saída. Com o cumprimento do cronograma de obras, poderemos descartar uma medida tão drástica.”

Kelman afirma que o Cantareira não atingirá, neste ano,  a marca de 29,2% de capacidade, retornando ao volume útil. Medidas emergenciais, como a redução da pressão e a sobretaxa para os gastões, serão mantidas até o final de 2015.

Em balanço prévio apresentado nesta quarta, Massato informou que 19% dos consumidores da Grande São Paulo elevaram o consumo de água em fevereiro, na comparação com a média entre  fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. Desse percentual, 12% irão receber as contas com sobretaxa de até 100%.

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Regra para pressão d’água é descumprida
Adotada pela Sabesp após o agravamento da crise, a redução da pressão da água vem sendo realizada fora das normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Para garantir o abastecimento das caixas d’água, a regra exige a manutenção de 10 metros de coluna de água. No entanto, a companhia tem garantido apenas 10% desse volume. A revelação foi feita pelo diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, durante depoimento à CPI.

No final da tarde, Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia) informou que pedirá esclarecimentos à Sabesp sobre a redução da pressão da água.

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