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Para Dilma, rebaixamento da Petrobras é ‘falta de conhecimento’; ações despencaram

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que o rebaixamento do rating da Petrobras para grau especulativo pela agência de classificação de crédito Moody’s representa «falta de conhecimento» e garantiu que a estatal vai se recuperar.

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«Acho que é uma falta de conhecimento direito do que está acontecendo na Petrobras», disse Dilma a jornalistas em Feira de Santana (BA), onde participou de evento do Minha Casa Minha Vida. «Agora, não tenho dúvida que a Petrobras vai ser uma empresa com grande capacidade de se recuperar disso, sem grandes consequências.»

«O governo sempre vai tentar evitar o rebaixamento, isso é absolutamente natural. Nós só lamentamos que não tenha tido correspondência por parte da agência, mas acho que isso está superado», acrescentou.

Ações da empresa despencaram

As ações da Petrobras abriram em forte queda nesta quarta-feira, após a agência de classificação de risco Moody’s cortar os ratings da empresa para grau especulativo por conta das investigações sobre corrupção e pressões de liquidez.

As ações preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 4,87% e as ordinárias recuaram 4,52%, enquanto o Ibovespa apresentou retração de 0,12%.

O rating da dívida em moeda estrangeira foi rebaixado em dois degraus, passando de Baa3, que é a última nota da escala da Moody’s considerada grau de investimento, para Ba2. Além disso, a Moody’s manteve a classificação da estatal em revisão para novo rebaixamento.

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A Moody’s foi a primeira das três grandes agências de risco a cortar o rating da Petrobras para o nível junk. Fitch e Standard & Poor’s avaliam a estatal atualmente como BBB-, no piso do nível de grau de investimento.

Mas a Fitch colocou essa classificação em observação negativa, o que significa que um rebaixamento é possível nos próximos meses.

Um segundo corte para junk pode ter um impacto significativo sobre títulos e ações da Petrobras, uma vez que muitos gestores de fundos só podem investir em empresas que são classificadas como grau de investimento por pelo menos duas agências de risco.

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