Brasil

Petrobras deve reconhecer prejuízos da refinaria Abreu e Lima

Pela primeira vez, a Petrobras deverá admitir que os sucessivos reajustes no orçamento da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, trouxeram um prejuízo de pelo menos US$ 3,2 bilhões (em torno de R$ 8,3 bilhões).

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Segundo nota divulgada pela empresa, o reconhecimento do desfalque financeiro deverá vir no balanço contábil, previsto para ser divulgado na próxima terça-feira, que trará também as perdas provocadas pelos esquema de corrupção descoberto pela Lava Jato. “A Petrobras está realizando as análises necessárias para a divulgação das demonstrações financeiras do 3º trimestre de 2014, incluindo a avaliação de ativos e projetos cuja constituição se deu por contratos de fornecimento com as empreiteiras citadas na Operação Lava Jato, inclusive a Abreu e Lima, o que poderá resultar no reconhecimento de perdas”, afirma a nota.

O valor milionário foi apurado a partir de uma auditoria interna. As obras da Abreu e Lima começaram em novembro de 2009, com valor estimado em US$ 2,4 bilhões. As dezenas de aditivos elevaram em 8 vezes os investimentos. A obra está prevista para ser concluída no segundo trimestre.

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TCU
O TCU (Tribunal de Contas da União) negou pedido feito pela Petrobras para suspender o envio ao Ministério Público e à Polícia Federal feito pela Petrobras de uma auditoria feita na Gasene, rede de gasodutos.

Alberto Youssef terá pena máxima de cinco anos
Apontado como chefe do esquema de propina na Petrobras, o doleiro Alberto Youssef ficará na prisão de três a cinco anos, caso seja condenado. O período foi fixado no acordo de delação premiada, que permitiu revelar como funcionava a fraude, e começa a ser contado a partir de março do ano passado.

O doleiro também abrirá mão de bens, como veículos, terrenos e participação em empresas. Caso cometa algum crime nos próximos 10 anos, voltará a responder pelo caso Petrobras.

Irmão de ex-ministro das Cidades alega inocência
Investigado pela operação Lava Jato, Adarico Negromonte pediu nesta quarta-feira à Justiça do Paraná uma absolvição sumária. Irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, ele justifica que não pode ser acusado de ser entregador de propina a mando de Alberto Youssef, conforme denúncia do Ministério Público Federal.

Segundo a defesa, o acusado era motorista particular de Youssef e entregou envelopes lacrados sem conhecimento sobre seus conteúdos.

Presidente da OAS quer anular Lava Jato
Em defesa encaminhada nesta quarta à Justiça Federal do Paraná, os advogados do presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, pedem a anulação da operação Lava Jato e a retirada do juiz Sérgio Moro do caso. Ele está preso em Curitiba.

O argumento é o de que, como não há prejuízos diretos da União, o julgamento deveria ser feito pela Justiça Estadual. “Não há um crime sequer de competência federal na denúncia do Ministério Público”, diz o pedido.

A defesa afirma também que Moro deveria se declarar impedido de julgar o esquema de corrupção da Lava Jato, porque, segundo ela, tinha conhecimento prévio do envolvimento de José Janene – morto em 2010 -, que na época era deputado e que as denúncias deveriam ser levadas ao STF (Supremo Tribunal Federal). “Houve manipulação para manter o processo na primeira instância”, acusa.

Camargo Corrêa
Nesta quarta, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou o pedido de liberdade feito pelos executivos da Camargo Corrêa presos desde novembro: Dalton Avancini, Ricardo Auler e Eduardo Leite.

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