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Índice de Confiança de Serviços cai pela sétima vez consecutiva

Setor teve queda de confiança | Marcello Casal Jr/ABr
Setor teve queda de confiança | Marcello Casal Jr/ABrb

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas recuou 0,6% de junho a julho deste ano, na série com ajuste sazonal, registrando a sétima queda consecutiva. O índice atingiu 107,3 pontos, o menor nível desde abril de 2009, quando atingiu 103,4 pontos.

Divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), os dados de julho mostram tendências distintas dos subíndices: a percepção que mede o momento atual apresenta piora e as perspectivas para os meses seguintes sinalizam melhora. O Índice da Situação Atual (ISA-S) caiu 7,2%, na maior perda mensal desde fevereiro de 2009. Já o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 4,3%, contribuindo para atenuar a queda do ICS.

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Para Sílvio Sales, consultor do Ibre, “a recuperação das expectativas abre espaço para uma estabilização ou mesmo algum aumento do ritmo de atividade nos próximos meses, o que não deve alterar expressivamente o cenário de baixo crescimento até o final do ano”.

A redução do índice que mede a situação atual atingiu os 12 segmentos pesquisados em julho. O quesito que mais pressionou o indicador agregado foi o Volume de Demanda Atual, ao recuar 8,6%. Houve queda da proporção de empresas que avaliam o volume atual como forte, de 13,3%, em junho, para 12,7%, em julho; e a parcela de empresas que consideram a demanda atual fraca, saltou de 27,6% para 34,4%.

A melhora do índice que mede a expectativa do setor atingiu nove de 12 segmentos, influenciada principalmente pelo quesito que mede as expectativas em relação à demanda nos três meses seguintes, variando 5,9% ante o mês anterior.

O levantamento indica ainda que a proporção de empresas projetando aumento da demanda passou de 33,7%, em junho, para 37,4%, em julho e a parcela de empresas que sinalizam diminuição passou de 13,1% para 9,7%.

O indicador de Tendência dos Negócios nos seis meses seguintes apresentou melhora mais discreta, ao variar 2,8%. A proporção de empresas esperando melhora da situação dos negócios para os próximos seis meses aumentou de 35,7%, em junho, para 37,4%, em julho; a das que esperam uma piora caiu de 11,2% para 9,4% no mesmo período.

O Ibre ressalta que o resultado de julho combina evoluções desfavoráveis nas percepções sobre o momento atual e favoráveis das expectativas, padrão que confirma o efeito negativo da paralisação parcial das atividades durante a Copa, e a decorrente melhora nas previsões para o futuro próximo. “Nesse contexto, é razoável supor uma suavização da tendência declinante do ICS ao longo dos próximos meses”, avalia o Ibre.

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