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Poupança tem a menor captação desde 2011

Belo Horizonte é a capital com menores preços nas últimas semanas | Arquivo Band
Caderneta perdeu rentabilidade frente a outras aplicações | Arquivo Band

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A inflação, o endividamento e a melhor rentabilidade dos fundos de renda fixa reduziram os investimentos dos brasileiros na poupança. No primeiro semestre do ano, a captação da caderneta somou R$ 9,61 bilhões, uma queda de 66% em relação a igual período de 2013.

É o menor valor para o período de janeiro a junho desde 2011, quando os saques na poupança superaram os depósitos em R$ 1,7 bilhão, segundo dados do Banco Central.

Para o diretor da Anefac (associação dos executivos de finanças), Miguel de Oliveira, a queda pode ser explicada pela inflação elevada, que corrói a renda dos brasileiros, e os juros mais altos para empréstimos, o que aumenta o endividamento. “Sobra menos dinheiro para poupar”, afirma.

Além disso, com a elevação da Selic, os fundos de renda fixa, que acompanham a taxa básica de juros, passaram a levar vantagem sobre a poupança. Pela regra atual, com a Selic acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a TR (Taxa Referencial).

Segundo Miguel de Oliveira, isso não significa, no entanto, que a poupança deixou de ser um bom investimento. Por ser isenta de Imposto de Renda e taxas, a caderneta continua sendo uma boa opção para quem quer aplicar pequenos valores e pode precisar resgatar o dinheiro no curto prazo.

Já os fundos de renda fixa têm tributação do IR, além da taxa de administração de 0,5% a 3% ao ano. Para pequenos valores, as taxas costumam superar 1,5%.

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Segundo o diretor da Anefac, os rendimentos da poupança só são maiores quando a taxa de administração cobrada nas aplicações em fundos de renda fixa está acima 2%. “Na maioria das situações, a poupança perde para os fundos”, disse.

Para obter rendimentos superiores ao da poupança, muitos investidores têm sido atraídos por aplicações isentas de IR. Entre elas estão as letras de crédito, LCI e LCA, que são títulos emitidos por instituições financeiras.

Nesse caso, o rendimento compensa para valores maiores de investimentos aplicados em médio e longo prazos. “O problema é a liquidez. Se o investidor resgatar antes do prazo, pode perder rentabilidade”, diz Miguel Oliveira.

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