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Felipão diz que convocaria Ibra e aponta surpresas; assista à entrevista

Felipão deu entrevista ao Canal Livre | Reprodução
Felipão deu entrevista ao Canal Livre | Reprodução

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O treinador da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, foi o convidado do programa “Canal Livre”, da Band, no último domingo. Em companhia do presidente da CBF, José Maria Marin, Felipão foi entrevistado por Boris Casoy (apresentador do “Canal Livre”),  Fernando Mitre (diretor nacional de jornalismo da Band), Fernando Fernandes (repórter esportivo da Band) e Renata Fan (apresentadora do “Jogo Aberto”). Confira os principais trechos e assista aos vídeos no fim do texto

Influência de 1950

A sina de 1950 não vai influenciar o nosso grupo porque desde que assumi a Seleção, em 2013, tenho falado que aquele time foi o precursor dos torneios vencidos pelo Brasil. Aquela lição, aquela derrota, foi mais importante do que, talvez, a vitória. E aprendi algo na Seleção. Em 2002, na final contra a Alemanha, lembrei de 1998, quando houve aquele problema com o Ronaldo. Mas não falei nada, e o nosso Ronaldo, com aquele cabelinho maravilhoso, foi lá e fez dois gols.

Croácia e ansiedade

Pode surpreender, tem boa qualidade. Jogam no nosso estilo, trabalham bem a bola, não têm nada do estilo europeu, a não ser a qualificação tática, que é bem organizada. Mas a ansiedade será a maior dificuldade que teremos de contornar. Assim nossas condições serão bem melhores. Não é o jogo decisivo, mas muitas vezes é o que decide. Temos de entrar como se fosse o último jogo.

Convocação sem ‘injustiça’

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Os torcedores não concordam tanto assim (risos), mas a diferença é pouca. Tem áreas que gostariam desse ou daquele, mas é normal. O pior é para o técnico que tem de escolher, tomar uma decisão… E se começa a examinar, ver se está esquecendo alguém, se martiriza. Mas se você é o técnico, tem de correr o risco das escolhas.

2013 x 2014

Temos uma situação tática, um sistema. Não conseguimos muito no começo, até que definimos o esquema independente de nomes, o que culminou com a vitória sobre a Espanha. E depois tivemos uma série contra times africanos, asiáticos, em que jogamos da mesma forma que na Copa das Confederações. Agora temos time, equilíbrio, sabemos o que queremos, como fazer e tudo mais. É criar uma alternativa para uma eventualidade. Muito bons times vêm aí. Nenhum com mais qualidade que o nosso, nem com mais vontade.

Líderes em campo

Se eu for falar em liderança técnica, é o Neymar. E tenho o Julio Cesar, o Thiago Silva, o David Luiz, o Paulinho, o Fred. Quatro ou cinco jogadores que são mais vivenciados. Se tomarmos um gol, pode ter certeza que um deles vai pegar a bola, colocar no centro de campo e ajustar tudo, porque eles conseguem isso.

Adversário que teme

Temo o primeiro. Depois, o segundo. E depois dos terceiro, o mata-mata. Não dá para pensar no último jogo.

Favoritos

Os tradicionais e uma surpresa. A Bélgica vem como uma surpresa. A Colômbia, também. Tomara que o Falcao [García, atacante] se recupere a tempo.

Manifestações

Ninguém deixa de ser cidadão por não participar. Mas somos CBF e defendemos a Seleção. Temos de nos preocupar com o que fazemos. Cada um tem o direito de se manifestar na sua rede social. O pensamento é livre. Foi assim na Copa das Confederações. Houve o respeito nosso com os manifestantes e vice-versa. E é assim que vai ser.

Estrangeiro no time

Tem muitos bons jogadores. Acho o Ibrahimovic, do PSG, um grande jogador… 1,95m, forte, muito bom. Seria um jogador que, digamos, se fosse brasileiro, poderia estar na nossa Seleção. Mas não está. Estou contente com o que temos, dá para ser campeão com o meu grupo.

Final contra…

Depende do que vai acontecer nos cruzamentos. Não sonho com adversário. O que me preocupa é o meu time. O lado de lá não interessa. A preocupação é chegar à final.

Evolução dos rivais

Em 2002, a Argentina saiu na primeira fase, mas hoje tem um dos melhores meio e ataque. Portugal melhorou. Alemanha fez um trabalho de 94 para a frente maravilhoso. Melhorou o nível, sim.

Sem neymar

Temos muitos outros com qualidade. O Oscar decide, temos o Willian, o Hulk, que muitas vezes é contestado mas que taticamente é equilibradíssimo, o Jô quando entra, um Paulinho que também é decisivo. Temos outras alternativas caso o Neymar seja marcado individualmente ou saia do campo.

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