Estilo de Vida

Não ter filhos não te define: é uma escolha, não um destino obrigatório

Os tempos mudaram, devemos defender nossos próprios sonhos, sem preocupações com expectativas alheias

Jennifer Aniston enamoró con un vestido asimétrico, pero la critican por “sus arrugas”
Jennifer Aniston Jennifer Aniston optou por não ser mãe (Instagram @JenniferAniston)

Desde pequenas, as mulheres são bombardeadas com frases que as pressionam a seguir um caminho que, por gerações, tem sido apresentado como o único possível: ser mães.

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Há anos, este parecia ser o destino inevitável de uma mulher; o casamento e a maternidade eram praticamente suas únicas opções, enquanto as oportunidades de trabalho e autonomia pessoal eram reservadas para os homens.

Ser mãe já não é um destino obrigatório

Felizmente, os tempos mudaram. Hoje, muitas mulheres tornaram-se profissionais, líderes e donas do seu próprio destino. No entanto, o estigma da maternidade obrigatória ainda está presente, espreitando na forma de perguntas desconfortáveis: “Quando você vai ser mãe?”

Nem todas as mulheres nascem com o que é chamado de ‘instinto materno’. Atualmente, temos outras prioridades, e ser mãe já não é o destino predeterminado que nos impuseram durante séculos.

A filósofa Elisabeth Badinter, em sua análise com especialistas da Psicopedia, aponta que a noção da maternidade como um destino obrigatório é uma ideia que, felizmente, está perdendo força.

"A concepção da maternidade/paternidade como opção e não como destino obrigatório de um casal é uma tendência que se consolida aos poucos", explica Badinter. Segundo a filósofa, o "instinto materno" é um dos maiores enganos da humanidade.

—  Badinter explica.

Hoje em dia, não só as mulheres, mas também muitos casais, estão tomando a decisão consciente de não ter filhos. As razões variam: algumas pessoas desejam focar em seu desenvolvimento profissional, outras preferem dedicar-se à sua vida pessoal ou ao seu relacionamento sem adicionar a responsabilidade de criar filhos.

Somos egoístas por não querermos ser mães?

Dizer "Não quero ter filhos" pode parecer uma declaração simples, mas muitas vezes é uma posição difícil de explicar ou defender perante a sociedade. Os pais anseiam por netos, os irmãos esperam sobrinhos, mas e quanto aos nossos próprios desejos e decisões?

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Para além da pressão social, muitas mulheres simplesmente escolhem viver uma vida plena em seus próprios termos, sem que isso implique a criação de um filho.

Cada pessoa é única, com suas próprias prioridades e valores. Já somos completas desde o momento em que chegamos ao mundo, e a decisão de ser mãe ou não não define nosso valor nem nossa contribuição para a sociedade.

No entanto, a dissonância entre nossos desejos e as expectativas da sociedade pode gerar sentimentos de insegurança, ansiedade, culpa e até depressão.

Não querer ser mãe não significa rejeitar a ideia de ter uma família. A família é um conceito que cada um constrói de acordo com seus desejos e circunstâncias.

Não querer ser mãe não é egoísta nem nos torna incompletas. A ideia de que a maternidade é o destino final de toda mulher é um mito do qual devemos nos libertar.

É hora de tomar decisões baseadas nos nossos próprios sonhos, deixando de lado os medos e a culpa. É hora de pôr um fim às expectativas dos outros e de parar de nos julgar. Chega de pressões! A vida é nossa e temos o direito de vivê-la da maneira que escolhermos.

Vantagens de não ser mãe

Liberdade pessoal: sem as responsabilidades da maternidade, você tem mais tempo e flexibilidade para perseguir seus interesses, viajar e se dedicar às suas paixões e projetos pessoais.

Independência financeira: ao não ter que arcar com os custos associados à criação de filhos, você pode investir mais no seu desenvolvimento profissional, poupar para o futuro ou desfrutar de um estilo de vida mais confortável.

Menos estresse e responsabilidade: ser mãe implica uma grande responsabilidade e pode ser uma fonte constante de estresse. Não ter filhos pode permitir que você leve uma vida mais tranquila e focada no seu bem-estar mental e emocional.

Relações mais livres: você pode manter relações mais espontâneas e sem a necessidade de equilibrar as demandas de ser mãe com as necessidades de um parceiro ou amigos.

Oportunidades de crescimento pessoal: sem as demandas da maternidade, você pode focar em seu crescimento pessoal e profissional, explorar novas oportunidades e expandir seus horizontes.

Contribuição social diferente: por não ser mãe, você pode se dedicar a outras formas de contribuir para a sociedade, como o voluntariado, o mentoring ou apoiando causas importantes para você.

Cuidado do próprio bem-estar: você pode focar mais na sua saúde física e mental, já que não precisa constantemente colocar as necessidades dos filhos acima das suas.

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