Em novo documentário da Netflix intitulado “Harry & Meghan”, o príncipe fala muitas vezes sobre a sua esposa e algo que foi reparado é que Harry compara sua esposa à sua mãe. “Muito do que Meghan é e como ela é é tão semelhante à minha mãe. Ela tem a mesma compaixão, ela tem a mesma empatia, ela tem a mesma confiança, ela tem esse calor sobre ela”, diz. Contudo, ele não está sozinho.
Muitos homens costumam comparar as companheiras às suas mães e se sentem culpados por isso. Segundo o Metro Reino Unido, é possível encontrar discussões na internet sobre o tema, onde mulheres questionam até mesmo se isso é normal.
“Meu namorado me compara com a mãe dele e diz na brincadeira que ela faz as coisas melhor do que eu” e “Como devo reagir quando meu marido me compara com a mãe dele?” são alguns questionamentos levantados no fórum Quora.
A psicologia explica
De acordo com a psicoterapeuta Caroline Plumer, esse fenômeno tem mais a ver com “nossos estilos de apego do que com uma obsessão freudiana doentia”.
“Nosso relacionamento com nossos pais e cuidadores e seus relacionamentos entre si (por exemplo, nossa mãe e pai) atuam como um modelo para nosso estilo de apego e relacionamentos românticos na idade adulta. Para muitos homens, seu primeiro apego feminino é com a mãe. Ela geralmente também é o primeiro exemplo que eles veem do que é ser uma esposa/companheira”, explica Plumer.
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Uma teoria conhecida para explicar o fenômeno é a de Freud, onde os meninos experimentam do ‘Complexo de Édipo’, em que querem ‘desafiar’ o pai por causa da mãe. Contudo, a teoria é crítica por alguns especialistas, já que existe uma fase em que as crianças se tornam mais possessivas com alguma figura, seja paterna ou materna, em relação ao outro, e isso também pode mudar ao longo do tempo.
Desequilíbrio na relação
O maior problema da comparação nas relações tem a ver com os afazeres, pois a parceira pode ficar em um lugar de responsabilidades enquanto o homem é ‘cuidado’.
“Quando crianças, nossas mães tendem a concentrar muito tempo e energia em atender aos nossos desejos e regular nossas emoções. Como adultos, devemos ser capazes de identificar, expressar e, em muitos casos, atender às nossas próprias necessidades e administrar nossas próprias emoções. Esperar que outra pessoa nos dê o tipo de cuidado e atenção que nossos pais desejam não é saudável ou realista”, comenta Caroline.
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