A quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus já dura mais de quatro meses, alterando a rotina de inúmeras famílias brasileiras. E essa ruptura de rotina tem consequências tanto para adultos quanto para crianças. Segundo relatos de pais, crianças com menos de seis anos têm tido mudanças de comportamento durante a pandemia. Elas estão muito mais dependentes dos adultos, ficam mais impacientes e irritadiças, apresentam alterações de humor, sono e apetite e até mesmo atrasos de desenvolvimento (como na fala e no desfralde) e regressão de comportamento para suas faixas etárias. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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Para especialistas, as mudanças de comportamento durante a pandemia apresentadas pelas crianças mais novas são relacionadas à quebra de rotina e à restrição do convívio social, que são muito importantes para o desenvolvimento na primeira infância. Crianças que já estão na escolinha sentem falta de ter contato com colegas e professores todos os dias. As que ainda não estão matriculadas, sentem falta da família estendida e de ver pessoas fora de casa.
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Em entrevista à Folha, a psicanalista e psicóloga escolar Paula Albano afirmou que o desenvolvimento na primeira infância tem como base a experimentação, que foi restringida pela imposição da quarentena. A regressão no desenvolvimento, com o retorno de comportamentos que os pequenos haviam abandonado (como fazer xixi na cama e não dormir no escuro), é uma forma de as crianças lidarem com o estresse. É o que explicou à Folha a professora Maria Beatriz, do Departamento de Neurociências da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Ela diz que é preciso ser tolerante com os comportamentos, mas ficar atento se as mudanças forem abruptas ou duradouras, quando é importante procurar ajuda.
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