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Turismo ufológico: busca por vida extraterrestre embala viajantes pelo Brasil e o mundo

Céu de Minas do Camaquã em Caçapava do Sul (RS), local que tem tradição de aparecimentos de discos voadores e um grupo de pesquisas sobre o tema, se tornou uma dos principais destinos do turismo ufológico no país Divulgação/History Channel

Abduções, desenhos enigmáticos, luzes esquisitas, histórias de avistamentos de discos voadores e até de seres extraterrestres. Locais com incidência de fenômenos como esses se tornaram roteiros para um tipo diferente de turismo, o chamado mochilão ufológico. E um dos principais circuitos para quem busca esse tipo de viagem está no Brasil.

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São céus e estradas de lugares como Itapoá (SC), Chapada Diamantina (BA), Peruíbe (SP), Quixadá (CE), São Thomé das Letras (MG), Chapada dos Veadeiros (GO), Ilha de Colares (PA) e Minas do Camaquã (RS).

O que movimenta o turismo ufológico é a busca por saber mais sobre esses indícios de seres de outros planetas que supostamente nos visitam. Mas também para conhecer os cenários desses fenômenos, que em geral possuem alguns aspectos em comum. “Curiosamente ocorrem em regiões muito bonitas”, observa Leo Sassen, produtor-executivo da série “De Carona Com os Óvnis” (History Channel).

Segundo o produtor, os locais mais procurados por turistas são onde ocorreram os casos mais emblemáticos, como o do ET de Varginha (sul de Minas Gerais). “Essa história me causou muito espanto quando fui para lá”, diz.

Tema de um dos episódios da série que se debruça sobre fenômenos extraterrestres brasileiros, o caso de Varginha ocorreu há mais de 20 anos e ainda intriga mochileiros ufológicos que visitam a pequena cidade onde uma nave teria caído na zona rural em 13 de janeiro de 1996.

O mistério gira em torno de dois seres, um morto e um vivo que teriam sido capturados por um militar que morreu uma semana depois. “É uma história espetacular e muito abafada pelo Exército, tivemos acesso a dados e entrevistas secretas, novas evidências”, comenta Sassen.

O produtor conta ainda que durante as gravações da série, realizadas de setembro de 2017 a janeiro de 2018, conseguiram captar imagens de óvnis (objetos voadores não identificados) na Chapada Diamantina e em Minas do Camaquã.

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O mochileiro ufológico Fred Morsch, que apresenta a série, não conseguiu pegar carona em nenhuma das naves avistadas, mas a série revela um circuito turístico, curioso, por aqui ainda pouco explorado por agências de turismo, cheio de lugares fantásticos, histórias inusitadas e muitos seres esquisitos.

Óvnis aquecem turismo pelo mundo

Em diferentes regiões do planeta o turismo ufológico é embalado por pessoas em busca de aventuras com seres extraterrestres ou para simplesmente fazerem turismo mesmo. Em Roswell, no Novo México (sul dos Estados Unidos), acredita-se que caiu um óvni tripulado em 1947. Além de ter sido cenário dos mais intrigantes e emblemáticos casos de ufologia, a cidade abriga três museus voltados ao tema.

Diferentemente do Brasil, onde ainda não há empresas especializadas nesse tipo de turismo, por lá, apesar de um verão que beira os 50ºC, há agências, restaurantes e roteiros para atender os milhares de pessoas do mundo do todo que desejam visitar a região, observa o ufólogo paranaense Ademar Gevaerd, editor da revista UFO. “É um turismo que mescla lazer, ufologia ou “ufo-arquelogia”, que é o estudo da presença dos óvnis no passado do planeta”, afirma Gevaerd.

Além de Roswell, ele lista uma série extensa de lugares onde o turismo anda sempre aquecido por óvnis. Os principais são: Cerro Uritorco (Argentina), Nazca e Ica (Peru), Ilha de Páscoa (Chile), as pirâmides de Chichen Itzá (México), as pirâmide do Egito e Stonehenge (Inglaterra).

As misteriosas e milenares linhas de Nazca no Peru

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