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Faltam 100 dias pra Copa! Veja como Tite reformulou a Seleção rumo ao hexa

Getty Images

Tite e seu antecessor são tão diferentes quanto o desempenho da Seleção Brasileira sob seus comandos – contando somente a última passagem de Dunga. O atual treinador, mesmo sem pegar em armas, fez uma revolução à frente do Brasil, transformando um time desacreditado em favorito para a Copa.

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Preferência nacional para dirigir a Seleção após o vexame dos 7 a 1, Tite assumiu a Seleção em junho de 2016 com dois anos de atraso após duas eliminações precoces em Copas América, o sexto lugar nas Eliminatórias e a CBF tendo os seus três últimos presidentes envolvidos em escândalos. Transformou o seu time em uma ilha afastada da entidade. Se a CBF fosse o Brasil, sua equipe seria Fernando de Noronha.

Se Dunga foi volante, Tite foi meia. Se Dunga é um resumo da Seleção de 1994, Tite quer retomar o vistoso futebol da de 1982, mas com um final diferente. O salto de qualidade não precisou seguir o mantra de Tite, em que primeiro é preciso vir o desempenho e depois o resultado. Casou os dois de uma única vez. Surpreendendo a si mesmo. Foram nove vitórias consecutivas.

“O ganhar é muito raso. Ganhar, todo mundo tem que ganhar. Mas a gente tem que ser competente antes”, destacou o treinador, em entrevista ao Metro no mês passado. “Eu me sinto representado pelo futebol da Seleção”, complementou.

Quando Dunga saiu de cena, o Brasil tinha o quarto melhor ataque e a quinta melhor defesa das Eliminatórias. O torneio classificatório terminou com a Seleção liderando os dois índices, com 41 gols marcados e somente 11 sofridos, além de ter dez pontos de vantagem para o Uruguai, o segundo colocado.

A braçadeira de capitão deixou de incomodar o braço de Neymar e passou a ser revezada entre os jogadores. O ambiente interno ficou mais leve com a troca de treinador.

A 100 dias da Copa do Mundo, Tite vai para a etapa final da sua revolução. Chegou a hora de tomar o poder dos alemães.

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Time ideal de Tite pouco jogou junto

Com o mesmo espectro de jogadores que Dunga tinha à disposição, Tite foi mudando a fotografia do time titular aos poucos. Trouxe jogadores de confiança, como Paulinho, que estava esquecido no futebol chinês e hoje joga pelo Barcelona. Apostou na juventude de Gabriel Jesus no comando do ataque e não se arrependeu.

Ainda há espaço para crescimento. O time ideal que surgiu após o início de trabalho jogou junto por poucos minutos, mesmo que o embrião da escalação tivesse sido plantado logo na estreia contra o Equador. Foram 31 minutos no 3 a 0 sobre o Equador, quando Philippe Coutinho entrou no lugar de Willian. No jogo seguinte, contra a Colômbia (2 a 1), a formação esteve em campo por somente cinco minutos.

A primeira vez, entretanto, que a formação ideal iniciou uma partida foi no último jogo, no 0 a 0 com a Inglaterra.

Até o momento, 16 jogadores estão, teoricamente, garantidos na lista final de inscritos para o Mundial. Restam sete vagas. Tite ainda tem muito a decidir. 

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