Em reunião do Conselho da Fifa realizada na Índia, nesta sexta-feira, a entidade anunciou que está reabrindo a discussão sobre o formato do Mundial de Clubes, já que o atual não agrada aos times e nem atrai torcedores como se deseja. Uma das opções seria a de voltar a ter uma disputa entre sul-americanos e europeus, mas a Fifa quer algo mais global e pode suprimir a Copa das Confederações para colocar, no lugar, um amplo Mundial de Clubes.
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O presidente da Fifa, Gianni Infantino, admite que o atual modelo de definição de quem é o melhor do mundo precisa mudar e que uma decisão será tomada em março de 2018. «O mundo não é só mais América do Sul e Europa. É bom debater novos modelos e talvez tenhamos de abolir algumas competições. Vamos debater isso nos próximos meses», disse.
Nos últimos meses, os clubes da Europa têm pressionado a Fifa para acabar com a competição, enquanto ganha força a ideia de que uma disputa uma vez mais entre sul-americanos e europeus, em um jogo único, seria comercialmente mais vantajoso.
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Infantino, porém, é contra e quer a manutenção de algum tipo de torneio que envolva outros continentes. «Nos anos 60, só existiam duas regiões. Agora, precisamos olhar aos clubes de todo o mundo para encontrar algo positivo», disse.
«Entre 1960 e 2004, havia uma competição entre os dois continentes, com a aprovação da Fifa. Isso evoluiu para o Mundial do Clubes», disse. «Estamos começando uma reflexão de como deve ser realizada. Temos ligas fortes pelo mundo e outras que querem ser fortes», insistiu.
«Por isso, devemos analisar essa situação e ver como poderemos criar algo especial, novo e que não afete o calendário internacional e, ao mesmo tempo, ajude a desenvolver os clubes», disse. «Se a Fifa embarca em algo, deve ser algo especial. Caso contrário, melhor não realizar», alertou.
Infantino ainda admite que uma das propostas que está sob análise é a de acabar com a Copa das Confederações e a trocar pelo Mundial de Clubes. Em um dos cenários apresentados, o Mundial de Clubes teria 16 equipes, com quatro delas sendo sul-americanas.
«Essa era uma das opções», disse. «Assim, não teríamos novas datas e novo peso no calendário, e ainda ajudaríamos a desenvolver o futebol de clubes», explicou. Para ele, o atual modelo «não tem o impacto esperado» para os clubes.