Em uma era em que a maratona de séries pode consumir fins de semana inteiros, minisséries de episódios curtos se tornaram verdadeiras joias para espectadores que buscam intensidade narrativa sem se comprometer com semanas de ação.
Se uma produção consegue cativar, comover e surpreender em apenas três episódios, é, sem dúvida, algo especial. E é exatamente isso que ‘Towards Zero’, a nova adaptação de uma obra de Agatha Christie que está causando furor, conseguiu.
Do que se trata ‘Towards Zero?’

Ambientado em 1936, ‘Towards Zero’ nos transporta para Gull’s Point, uma mansão costeira onde se reúnem vários personagens com relacionamentos entrelaçados, passados obscuros e motivações ocultas. A história gira em torno do famoso tenista Nevile Strange (Oliver Jackson-Cohen), que decide passar a lua de mel com sua nova esposa Kay (Mimi Keene) e sua ex-esposa Audrey (Ella Lily Hyland)! O que poderia dar errado?
A presença desses três personagens na casa da tia de Nevile, Lady Tressilian (uma deslumbrante Anjelica Huston), desencadeia uma tempestade emocional e social. Somam-se a isso convidados inesperados, um assassinato (é claro) e a chegada do atormentado Inspetor Leach (Matthew Rhys), que luta com os traumas da Primeira Guerra Mundial enquanto tenta solucionar um crime em meio a um grupo onde todos têm algo a esconder.

O grande sucesso desta minissérie reside no seu ritmo contido, porém tenso, na requintada direção de arte e, acima de tudo, nas atuações. Huston, mesmo deitado na cama, domina a tela com uma presença magnética; Keene e Hyland trazem o drama necessário ao triângulo amoroso; e Farthing, como o perturbado primo Thomas, entrega uma das atuações mais intensas da série.
Adaptada por Rachel Bennette e dirigida por Sam Yates, ‘Towards Zero’ é fiel ao espírito de Christie, mas introduz temas contemporâneos como trauma, celebridade e classismo. A série não se limita ao típico tema “crime e castigo”, mas explora as feridas emocionais causadas por essas tragédias, o peso do passado e a fragilidade das aparências.
Com apenas três episódios, esta produção consegue o que muitas séries de longa duração não conseguem: envolver completamente o espectador em sua atmosfera, apresentar personagens complexos e oferecer uma conclusão satisfatória. Não são necessários mais episódios quando o mistério é tão bem construído e executado.
O Charme de Agatha Christie

O gênero mistério sempre ocupou um lugar privilegiado no gosto do público e, quando se trata de mestres do mistério, Agatha Christie é, sem dúvida, a rainha indiscutível. Autora de mais de 80 romances, suas obras venderam mais de dois bilhões de cópias e foram traduzidas para mais de 100 idiomas. Ela criou personagens inesquecíveis como Hercule Poirot e Miss Marple, e transformou o crime em uma forma sublime de literatura.
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Agora, uma de suas histórias menos conhecidas, mas igualmente intrigantes, ganhou nova vida em uma minissérie britânica cheia de estilo e tensão, que prova que o mistério clássico continua tão relevante quanto sempre.

