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Príncipe Harry usou psicodélicos para lidar com a dor: ‘Essas coisas funcionam como remédios’

Durante sua tão esperada entrevista de 60 minutos, o duque de Sussex contou como o chá de cogumelos o ajudou a encarar o luto

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Príncipe Harry. Foto: Reprodução Twitter @TheSussexsRoyal

O príncipe Harry tem realmente sacudido as gaiolas da infame família real em sua turnê para o novo livro de memórias Spare, e na noite de domingo ele fez uma aparição na televisão americana, em 60 minutos.

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Conversando com Anderson Cooper, para a CBS, o duque de Sussex discutiu sua briga física com seu irmão, o príncipe William, a reação de sua família ao conhecer sua futura esposa, Meghan Markle, e o difícil processo de lidar com a morte de sua mãe, a princesa Diana, que incluiu o uso de drogas psicodélicas.

O príncipe Harry perdeu a mãe aos 12 anos e, como escreve em Spare, teve dificuldade em acreditar que ela estava realmente morta, pensando que talvez ela tivesse desaparecido de propósito e que depois de um tempo “ela ligaria” para ele e William para irem encontrá-la.

“Por muito tempo, eu simplesmente me recusei a aceitar que ela... ela se foi”, disse Harry. “Parte de, você sabe, ela nunca faria isso conosco, mas também parte, talvez tudo isso seja parte de um plano”.

Para lidar com a sua dor, Harry procurou a ajuda de um terapeuta há sete anos e também tentou tratamentos mais experimentais, nomeadamente psicodélicos como ayahuasca, psilocibina e cogumelos.

“Eu nunca recomendaria que as pessoas fizessem isso de forma recreativa”, disse Harry. “Mas fazer isso com as pessoas certas, se você está sofrendo uma grande quantidade de perda, luto ou trauma, então essas coisas funcionam como um remédio”.

Harry disse a Cooper que os psicodélicos o ajudaram a “limpar o pára-brisa, a miséria da perda”.

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“Eles eliminaram essa ideia que eu tinha na cabeça que eu precisava chorar para provar a minha mãe que sentia falta dela”, disse o duque. “Quando, na verdade, tudo o que ela queria era que eu fosse feliz”.

Quando ele encontrou a felicidade com Meghan Markle, Harry diz que seu pai, o então príncipe Charles, inicialmente gostou dela, mas William estava cético, enquanto outros membros da família também estavam inquietos.

“Desde o começo, antes mesmo que eles tivessem a chance de conhecê-la”, disse Harry. “E a imprensa do Reino Unido saltou sobre isso. E aqui estamos nós”.

Um dos detalhes mais obscenos de Spare que está circulando é a lembrança de Harry de uma briga entre ele e William, que ele descreveu para Cooper.

“Acho que foi um acúmulo de frustração da parte dele. Foi em um momento em que ele ouvia certas coisas de pessoas dentro de seu escritório”, disse Harry. “E, ao mesmo tempo, ele estava consumindo muito da imprensa tablóide, muitas histórias. E ele tinha alguns problemas, que não eram baseados na realidade. E eu estava defendendo minha esposa. E ele estava vindo contra a minha esposa. Eu estava me defendendo. E passamos de um cômodo para a cozinha. E suas frustrações estavam crescendo, crescendo e crescendo. Ele estava gritando para mim. Eu estava gritando com ele. Não foi legal. Não foi nada agradável. E ele explodiu. E ele me empurrou para o chão”, contou o duque.

Embora William eventualmente tenha se desculpado, as relações entre os irmãos não estão indo bem, graças ao livro de memórias, às entrevistas de Harry, à série Netflix dele e de Meghan e ao desrespeito geral à convenção que o sobressalente ao trono real tem feito de forma bastante consistente nos últimos anos.

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