Após escapar do paredão de terça-feira (01), Linn da Quebrada, ou apenas Lina, teve uma resposta da audiência do “BBB 22″, já que ela ficou na casa e Larissa deixou o reality show depois de duas semanas de convivência.
Mais calma, a famosa voltou a conversar sobre outros temas, além do jogo e do prêmio de R$ 1,5 milhão e, nesta quarta-feira (02), ela e Pedro Scooby conversaram sobre a identidade da cantora. No bate-papo, que aconteceu na área da piscina, o surfista questionou: “Trans é o mesmo nome do que o travesti?”.
Linn, então, explicou a diferença entre uma pessoa trans e uma travesti e corrigiu “a travesti”, alertando para o uso do pronome feminino. Em seguida ela continuou: “A transgeneridade é um grande guarda-chuva, que fala sobre as identidades trans. Tem muitas identidades trans”.

Atento ao assunto, Pedro Scooby perguntou sobre a operação: “Sendo operado ou não?”. Então, o famoso escutou: “Não é a genital que vai definir a identidade, assim. Esse é um princípio básico, não é minha genital que define minha identidade. Não é se eu tenho um pinto ou se tenho uma b*** que vai definir se eu sou homem ou se eu sou mulher. Não é necessariamente a cirurgia. Para não errar, o melhor é perguntar para a pessoa. E aí posso falar só da minha experiência, mas você não chega para as pessoas e pergunta que cirurgia ela fez”, respondeu Linn.
A conversa dentro do “BBB 22″ se alongou e o surfista lembrou de um fato que aconteceu no passado. “Teve uma coisa, que eu tive uma conversa com a Carol (Marra) uma vez sobre. Tipo… porque tem um preconceito e ainda mais que ela é gatona, pegava geral, e o homem ficava naquele lugar de ‘tem que avisar’. E não tem que avisar”, pontuou.
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Ao saber deste momento específico, Linn da Quebrada explicou: “Você não avisa, eu acho isso muito escroto… mas isso já aconteceu com pessoas que eu conheço, tipo, ficaram com uma amiga minha. E é isso, eu acho que é paia esse lugar de ter que avisar, porque, assim… não teve interesse por mim, já que ficou comigo? Eu não tenho que te avisar. Tem pessoas que são mais passáveis, né, que tem mais uma passabilidade, que parecem um pouco mais com o gênero”.

A famosa, que faz parte do grupo camarote, continuou o debate sobre identidade de gênero: “Tem mulheres que parecem mulheres cis, que agem como mulheres, que tem o padrão estético de mulheres cis. E tem mulheres cis, mulheres de b*, de vagina, que para a sociedade não parecem com mulheres, não se comportam como mulheres, não se vestem como mulheres”, continuou Lina. “Se você se interessou por mim e quer ficar comigo, é uma coisa e pronto. Às vezes alguns amigos, aconteceu com uma pessoa que conheço, ela ficou com um cara no samba, no pagode, uma coisa assim e aí houve uma pressão por parte de outros amigos e ele quebrou uma garrafa de cerveja na cabeça dela e ninguém do bar se mobilizou porque aí parece que ela era a errada e que tinha que ter avisado que ela era pessoas trans”.
Por fim, a cantora explicou que não há uma diferença entre mulheres trans e travestis. “Não são as cirurgias que nos dividem. Não existe uma divisão. Existem diferenças, mas para mim existe muito mais aproximação. A travestilidade se constrói”, explicou a artista.

