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Titãs fazem primeira live nesta sexta, com sucessos em versão acústica

Banda recupera canções das quase quatro décadas de carreira em apresentação intimista

Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto mantêm a chama da banda viva Divulgação

Os Titãs fazem nesta sexta-feira (26) a sua primeira live desde o início da quarentena, apresentando sucessos e favoritas dos fãs dentro da proposta «Trio Acústico». O projeto teve início com uma turnê em fevereiro do ano passado e virou série de EPs com releituras de canções importantes das quase quatro décadas de carreira da banda – o primeiro já está disponível e, o segundo, sairá em breve.

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Em entrevista ao Metro Jornal, o cantor e tecladista Sérgio Britto, um dos três membros remanescentes da formação original, ao lado de Branco Mello e Tony Bellotto, falou sobre o momento da banda e os preparativos para a transmissão ao vivo. A live, com arrecadação para o Instituto Anelo –ONG que oferece aulas gratuitas de música – será no YouTube do grupo, a partir das 20h.

A banda tem diversos registros de apresentações ao vivo, mas, desta vez, o show é sem público presencial. O que vocês esperam dessa performance com plateia virtual?

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Vai ser um prazer para a gente fazer essa live. Não tocamos há três meses, estamos todos com saudades do palco e fazer essa apresentação, mesmo dessa forma diferente, é muito bacana porque a gente sabe que está em contato direto com o nosso público.  O «Trio Acústico» é muito bom para quem está em casa assistindo, tem essa relação de intimidade com o artista e esse formato propicia isso, aproxima ainda mais.

As lives são um formato novo e, embora a gente tenha feito muitos shows com esse repertório acústico, ainda será uma novidade. É como um programa de televisão, com a diferença que você pode interagir com mais tempo, tocar com mais calma, dividir mais com os fãs.

E como está sendo revisitar essas músicas com o «Trio Acústico»?

Acho que quando você revisita o seu repertório, de certa maneira você convoca todos os fãs que você teve através da história da banda a prestarem atenção no nosso momento atual e também a dar crédito a quem ainda está atuando nos Titãs.

No nosso caso, nós três somos autores de tudo o que a gente toca ali, individualmente ou em parcerias. Também passamos a assumir os vocais que eram de outras pessoas e isso dá um frescor para esse repertório. Fica com uma cara nova, um cantor novo, arranjos diferentes, mas que mantêm a estrutura original. Acho que é um projeto que agrada fãs de várias épocas.

 

Além dos sucessos, fãs mais fervorosos dos Titãs adoram pedir músicas menos conhecidas da discografia. Esse público pode esperar por surpresas durante a live?

A gente sempre faz isso, reservamos um espaço para músicas que são consideradas “lado B” ou que estão fora do nosso repertório há um bom tempo. Nós temos muitos sucessos e mesmo alguns grandes hits acabam ficando fora dos shows por anos. Nessas ocasiões, gostamos de puxar uma música daqui, outra dali, e isso com certeza vai acontecer nessa live. Umas três ou quatro surpresas a gente deixa reservadas para momentos assim.

O projeto Trio Acústico já se aproxima de um ano e meio desde a estreia nos palcos. Antes dele, vieram dois dos álbuns mais audaciosos do grupo – o explosivo «Nheengatu» e a ópera rock «Doze Flores Amarelas». O que podemos esperar da banda quando a pandemia acabar? Um novo álbum já aparece no horizonte?

Ainda não temos planos para discos com músicas inéditas. Recentemente a gente lançou a ópera rock, que são 25 músicas, como se fosse um disco triplo. Precisamos tirar um tempo para repensar e avaliar o que a gente pode fazer de novo.

Por enquanto estamos mergulhados totalmente no “Trio Acústico”. De certa forma é um porto seguro, mas isso é inevitável para uma banda que está prestes a completar 40 anos de carreira. Todo artista que chega nessa barreira vai dosando seu repertório, e acho que é bom você revisitar, reavaliar aquilo que fez para seguir em frente.

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