Trabalhadores da Cinemateca Brasileira fizeram um ato nesta sexta-feira (19) em defesa da instituição, ameaçada por uma profunda crise de gestão agravada por decisões do governo federal.
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Ontem, os funcionários anunciaram greve, visando pressionar a administração a pagar salários atrasados há três meses. A paralisação pode durar até a próxima sexta-feira, quando acontece reunião do Conselho Administrativo da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, que gere a Cinemateca em parceria com o governo federal.
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A Secretaria Especial da Cultura afirma, em nota, «que segue trabalhando para alinhar as ações e definir, dentro das competências institucionais, a forma ideal para reincorporação da Cinemateca à União».
A Cinemateca possui o maior acervo audiovisual de todo o continente latino-americano, e enfrenta um rombo no orçamento que pode interferir na preservação física desta história.
Atualmente, a instituição tem uma dívida de R$ 450 mil com a Enel, companhia que fornece energia elétrica em São Paulo. Caso a conta não seja paga até a próxima quinta-feira (25), a energia do local será cortada, interrompendo o sistema de ar-condicionado e potencialmente danificando os mais de 250 mil rolos de filmes mantidos na instituição.
A situação tornou-se crítica em dezembro do ano passado, quando o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, encerrou o contrato com a Associação Comunicação Educativa Roquette Pinto, que não apenas gere a Cinemateca, mas também mantém a TV Escola e a TV Ines, voltada a pessoas com deficiência auditiva.